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Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

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TRAILER DA SEMANA: São Jorge

12.09.16 | Maria Juana

Depois de anunciado que Nuno Lopes tinha ganho o prémio de Melhor Ator da secção Horizontes, no Festival de Veneza, uma coisa pareceu certa: o Cinema português tem tanto para mostrar, e nós ainda estamos a aprender a dar-lhe valor.

 

O meu pai diz que os filmes portugueses são todos “estilo Manoel de Oliveira”, parados e “para intelectuais.” Apesar de não concordar com a afirmação, a verdade é que temos um estilo muito próprio de fazer filmes. Gostamos de dramas, de realidades prostradas no ecrã, da verdade nua e crua – e é claro que isso faz com que pareça que sejam filmes mais difíceis de digerir.

 

Claro que esta ideia começa a mudar. Os números de espectadores nos filmes portugueses começam a aumentar (também graças às comédias que são cada vez mais comuns), e estamos a dar mais valor à nossa arte. Depois de ver o trailer de São Jorge, espero sinceramente que a tendência continue.

 

 

 

 

São Jorge conta a história de Jorge, um operário de um bairro social de Lisboa que, graças às vicissitudes da crise, viu-se sem emprego e com uma família à beira da ruína. Sem espaço para onde se virar, o praticante de boxe decidi aceitar um novo emprego para tentar ganhar dinheiro: coletor de dívidas. Que é como quem diz, fazia parte de uma organização que batia em pessoas para que devolvessem o dinheiro emprestado.

 

Em tempo de crise e desespero, podemos mesmo julga-lo?

 

A estreia de São Jorge aconteceu no Festival de Veneza, este mês de setembro. As críticas receberam-no de braços abertos, sobretudo graças à interpretação de Nuno Lopes, e da visão de Marco Martins, o realizador.

 

Ambos já tinham colaborado em Alice, em 2005, e confesso que ainda não o vi. No entanto, recebi São Jorge com a certeza que não vou poder deixá-lo passar. Primeiro, porque Nuno Lopes é daqueles atores dá tudo de si. Ele engordou 20 quilos, treinou várias horas por dia, e esteve nos bairros de Lisboa para perceber o que a sua personagem iria viver.

 

 

 

Depois, porque só pelo trailer percebemos a crueza e realidade com que o filme é tratado. Sim, é uma obra de ficção, mas que pega naquela realidade que todos sabemos existir, e queremos esconder.

 

Por cá, só em novembro vamos conseguir assistir ao filme completo. Será que as salas vão nos deixar assistir no grande ecrã? Espero que sim. Lá estarei na plateia.

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