Tenho saudades tuas, Heath Ledger
É estranho dizer que temos saudades de alguém que nunca conhecemos. De pessoas que nem tiveram um papel ativo na nossa vida, mas que de alguma forma a mudaram. Heath Ledger é uma das dessas pessoas.
Não que tenha passado a ver a vida de forma diferente por causa de um papel dele, ou uma das suas ções, mas a verdade é que boas interpretações como aquelas com que nos presente ou dão felicidade à minha existência.
Eu gostava muito do Heath Ledger. Não era ó o seu sorriso, mas também o carisma que dava a cada papel que interpretava. Havia algo profundo nos seus papéis, mesmo quando se tratavam de comédias românticas como 10 Coisas Que Odeio em Ti (um dos meus personal favourites).
E claro, quem esquece as prestações de Brokeback Mountain, ou o papel fatídico de Joker, em O Cavaleiro das Trevas Renasce, que lhe valeu o Óscar póstumo de Melhor Ator Secundário.
Esta semana, Ledger completaria 38 anos de vida. Imagino que, por esta altura, já tinha tido uma ou outra nomeação mais, e quem sabe outra vitória. Já teríamos visto tantos outros papéis memoráveis, e o tivessemos colocado na lista de um dos melhores atores da sua geração. Era assim que o via na altura, é assim que ainda o vejo.
Vendo bem, se calhar não tenho saudades dele – tenho saudades de tudo o que ele me podia ter oferecido, e ficou por dar. De todos os filmes e interpretações, e até de me mostrar a sua visão como realizador (um papel que nunca chegou a desempenhar, e que era um dos seus projetos).
Talvez com o documentário I Am Heath Ledger as saudades acalmem. O documentário, que chega em maio e cujo primeiro trailer foi lançado esta semana, traz-nos um novo olhar sobre a sua vida privada em imagens nunca antes vistas.
Até lá, vou continuar a ter saudades. E sempre que revir um dos teus filmes, podes ter a certeza que vou sentir uma pontada de desgosto por saber que nunca vou ver nada de novo, Heath. Mas obrigada pelo que deixaste.