Salsicha Party (2016): uma animação aleatória
Salsicha Party chegou para animar as hostes, e não podiamos deixar de dar-vos a conhecer tal pedaço de comédia aqui no canto.
A DeLorean já viu, e conta-vos tudo o que há para saber sobre este filme tão... aleatoriamente animado!
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Já ouviram falar de Shrek 2, Monsters vs. Aliens e Madagáscar 3? Apesar de todos bastante diferentes na história, o que os une é aquele toque de randomness, de loucura completamente vinda do nada que nos traz os momentos cinematográficos de que verdadeiramente nos lembramos.
O responsável? O realizador Conrad Vernon que, recentemente, se juntou a Greg Tiernan (realizador de praticamente tudo o que tenha a ver com Thomas e os seus Amigos - sim, aquele comboio assustador dos desenhos animados da RTP2) para trazer ao mundo a epítome da aleatoriedade: Sausage Party.
Da caneta de Seth Rogen, Jonah Hill (que dupla!) e Evan Goldberg, nasceram 88 minutos de filme animado, em que seguimos as peripécias e aventuras de produtos alimentares que acreditam que, para além das portas dos supermercados, há todo um mundo por descobrir.
Frank é uma salsicha que não aceita cegamente essa história de que os humanos são deuses, e que o único destino de todos aqueles alimentos é esperar pacientemente que um desses seres os leve da prateleira. Porém, quando a oportunidade surge para que Frank e os amigos sejam efetivamente comprados, não pensam duas vezes. Claro que os espera é uma autêntica carnificina e uma luta pela sobrevivência.
A partir daqui, e se a história ainda não vos deixou a pensar “what the fuck”, eis que as coisas ficam cada vez melhores. Entre a maior quantidade de impropérios (alguns bastante originais) que alguma vez ouvi num filme, muito gore alimentício, histórias de amor e piadas que vão do mais básico a referências complexas, Sausage Party deixa-nos sempre entretidos, a rir, entusiasmados com o que vem a seguir.
Em termos técnicos, vale a mesmo a pena referir a qualidade da animação? Estamos em 2016, é praticamente impossível errar neste campo! No casting, Michael Cera, Paul Rudd, Bill Hader e James Franco (para dizer apenas alguns!) juntam-se a Seth Rogen, Jonah Hill e Kristen Wiig num voice-over excelente e on point, que ainda contou com Edward Norton para uma participação especial.
E quanto ao final? Divide-se em duas partes: uma primeira, que demora cerca de 3 minutos a acabar e em que só pensamos “mas...porquê!?” entre risos infinitos; e uma segunda que (claro, depois do que acabou de acontecer!) não faz grande sentido - mesmo já tendo em conta que o filme em si não segue uma linha reta.
Vale a pena? Vale, nem que seja só para descomprimir depois de um dia complicado. Mas uma coisa vos garanto: vai demorar algumas horas até conseguirem voltar a olhar para a comida da mesma forma!
De Lorean