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Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

Porque é que Regresso ao Futuro sempre que posso

10.07.17 | Maria Juana

Corria o mês de julho de 1985 quando os cinemas norte-americanos se viram inundados por uma história diferente. Não era uma história sobre o espaço, seres de outro mundo ou eventos históricos; não era bem uma comédia romântica passada em Nova Iorque, e não era um drama daqueles de fazer chorar as pedras da calçada. Para surpresa de muitos, era uma história sobre um jovem de 17 anos numa encruzilhada entre tempos.

 

 

 

Desde então que as viagens de Marty McFly e do seu bom amigo Doc Brown fazem parte do imaginário de muito boa gente, eu incluída. Não me lembro bem da primeira vez que assisti a um dos filmes da trilogia, mas a verdade é que desde o primeiro minuto que senti que aquela era uma das sagas da minha vida.

 

O que é estranho, porque nunca vivi aqueles filmes tão intensamente como tantos outros que sairam em tempos mais recentes, e que pude assistir de perto ao seu lançamento. São filmes que não consigo deixar de ver quando estão a dar na televisão, e que guardo no coração com carinho.

 

Para mim, acho que a razão principal é que não existe um estilo definido para este filme; é comédia, mas também é ficçao científica, tem o seu quê de romance, um ligeiro drama, e aquela bonita relação de amizade e amor pela família que nos faz pensar que tudo está bem no mundo.

 

Isto em três filmes tão simples, mas tão bem construídos e interligados entre si que quase conseguimos pensar neles como um só filme, dividido em três partes. Se há coisa que gosto de ver são sequelas que fazem sentido, e que são tão boas ou melhores do que o original (uma espécie em vias de extinção em alguns casos mais bicudos).

 

 

 

Neste mundo do cinema, às vezes falta um toque de magia aos momentos que parecem mais simples - e aí, Robert Zemeckis, o senhor responsável por escrever e realizar a trilogia, tem um dom que tem sido testemunhado em várias das suas obras.

 

No caso de O Regresso ao Futuro, essa magia pode até ter vindo na pessoa de Doc Brown, aquele excêntrico e estranho professor que conseguiu transformar um carro em máquina do tempo. Mas quem é que alguma vez tinha pensado nisso?

 

Pode também, em qualquer caso, ter vindo na pele do jovem Marty, que sem se aperceber tem de usar até as ferramentas mais estranhas (como um skate flutuante, ou ténis que se abotoam sozinhos) para alcançar muito mais do que um futuro brilhante: um futuro em que ele possa ser feliz, com aqueles que não quer perder.

 

Ou pode ter vindo e toda esta mistura de situações e momentos, pessoas e personagens, que conseguem levar-nos numa viagem estranha mas extremamente engraçada a tempos e lugares estranhos.

 

 

 

No fundo, a magia está em todos os elementos que se combinam e tornam até a história mais simples, numa viagem alucinante.

 

Já por várias vezes disse e repeti que, para mim, a simplicidade consegue ganhar várias vezes às explosões e ao fogo de artifício. Eu não preciso de regressar a um filme que me faça pensar sobre a vida, ou que seja tão filosófico e complexo que tenha de o ver várias vezes para o perceber. Eu regresso aos que me fazem sentir bem, aos que me fazem rir, aos que me fazem perder-me na narrativa, aos bons; mesmo que não tenham ganho prémios.

 

E a vocês, o que vos faz regressar ao futuro?