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Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

Pontualidade no cinema? Isso é coisa de outros tempos…

29.03.16 | Maria Juana

O drama repete-se sempre que vamos ao cinema: se a sessão começa às 18h30, ele diz que podemos chegar às 18h40. Eu teimo em chegar cinco minutos antes da hora… E arrependo-me sempre (mas não lhe digam nada).

 

Eu sou do tempo em que o filme começava, quanto muito, cinco minutos depois da hora marcada. Víamos uns anúncios, alguns trailers, e rapidamente começavam os créditos do filme que efetivamente tínhamos pago para ver. Coitados daqueles que se atrasavam… Um pouco mais de fila para comprar pipocas, e arriscavam-se a perder uns 10 minutos de filme!

 

Lembro-me que me aconteceu em Cowboys e Aliens, no ido ano de 2011 (ou terá sido 2012?). Acho que não percebi o resto do filme à pala disso…

 

Hoje, chegar atrasado não é problema. Com 15 minutos de publicidade, e outros cinco com trailers, só perde o início do filme quem quer!

 

O abuso aconteceu na passada semana, quando achei boa ideia ir à sessão das 00h20 de Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça. Estamos a falar de um filme com duas horas e 31 minutos, e por isso contava chegar tarde a casa. Não contava era levar com cerca de meia hora de atraso.

 

Começamos com os anúncios habituais. Alguns sumos, festivais de verão, NOS aqui e acolá… O costume. Uma pessoa já está um pouco habituada. Seguem-se dois ou três trailers, para aguçar o apetite. E um pequeno anúncio ao sistema de som da sala, que promete ser fantástico.

 

E depois outro anúncio ao sistema de som.

 

E mais outro.

 

E como se ninguém tivesse percebido ainda que a sala estava equipada com tecnologia Dolby Atmos, eles voltaram a repetir.

 

Quatro vezes. De seguida. Houve exclamações de incredulidade, suspiros de tédio, um ou outro apupo de alguém que olhava para o relógio e pensava que só ia sair daquele buraco escuro cerca de três horas depois. Quando finalmente os créditos começaram, houve quem pensasse que era apenas uma piada, e que não passava de mais um anúncio à fantástica tecnologia.

 

Das duas, uma: acham que somos assim tão pouco pontuais para precisarmos de 20 minutos de atraso para que a sala esteja cheia na hora de começar o filme? Ou somos só idiotas e precisamos de ver quatro vezes o mesmo anúncio para perceber o que nos tem a dizer?

 

Gosto que a tecnologia tenha avançado, que a experiência cinematográfica tenha melhorado; gosto que os ganhos com a publicidade continuem a permitir a existência de salas de cinema de excelência… Mas há um limite para tudo nesta vida, e estamos a começar a atingi-lo.

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