Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

Hunger Games: A Revolta - Parte 2

21.11.15 | Maria Juana

 Sinopse: depois de resgatar Peeta (Josh Hutcherson) do Capitólio, Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) e o exército do Distrito 13 continuam a sua missão: derrotar o Presidente Snow e trazer a paz de volta à Panem. Katniss é a voz da revolta, e uma das mais fervorosas apoiantes.

 

Acabou. Depois de três livros e quatro filmes, é o fim. Não sinto um vazio tão grande como no final do Harry Potter, mas quase. Vai faltar qualquer coisa a partir de agora, mas não podia ter pedido um final melhor. 

 
Talvez mais "frio" do que os anteriores. No último capítulo, existem explosões, batalhas e conspirações para tentar chegar ao objetivo final. Depois de uma primeira parte mais calma (houve quem dissesse demais) este é o contrário. 
 
Mas temos de nos lembrar de uma coisa: Panem é um cenário de guerra. Não há como. Esta última parte é de facto mais fria e calculista, talvez "estranha", mas assim dita Suzanne Collins no seu romance. É a própria história. 
 

 
Nesse aspeto, Francis Lawrence fez sempre um ótimo trabalho. Através dos seus olhos conseguimos observar todos os movimentos de Panem tal como os tínhamos imaginado ao ler os livros (ou assim acho eu e as pessoas com quem partilho o fenómeno). Salvo um ou outro pormenor que compreendemos a alteração ou omissão, Lawrence conseguiu, ao longo de quatro filmes, transmitir o ambiente, cores e até ângulos necessários para nos transportar para aquele cenário.
 
Enquanto filme individual, A Revolta: Parte 2 não é o mais bem conseguido; os anterior conseguiram cativar mais, mostrar mais, ser um pouco mais. Mas temos de o ver como um todo. Aí, vemos uma saga praticamente sem falhas, e uma das melhores adaptações literárias que testemunhamos nos últimos anos. 
 
A legião de fãs, e aqueles que ficaram depois de ver o primeiro filme, assim o pediam. Estamos perante uma história que é mais do que uma relação entre adolescentes (e não nos podemos esquecer que são adolescentes), é uma crítica social que precisa ser compreendida por todos. 
 
Sempre foi. A crítica sempre foi uma das melhores e mais subtis coisas acerca de Os Jogos da Fome, sem de facto o ser. Houve sempre algo em nós que nos revoltava, que nos fazia pensar em que como é que é possível tal acontecer, alguém permitir tal atrocidade. Mais do que mero entretenimento, estes filmes sempre transpiraram as partes que mais iam à canela da sociedade.
 

O livro em que se baseia este filme (e o anterior) foi escrito há vários anos, mas a verdade é que chega até as massas numa altura certeira. Com a guerra como cenário, A Revolta, aí sim subtilmente, leva-nos numa viagem pela nossa própria sociedade, em que sem darmos por isso algumas das atrocidades já estão a acontecer. Se for bem-sucedido, vai fazer-nos pensar.
 
E um bem haja a Jennifer Lawrence. Se Daniel Radcliffe será sempre Harry Potter, tu serás sempre a nossa Katniss. 

4 comentários

Comentar post