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Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

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Há novidades nos Óscares: nova categoria, cerimónia mais curta

09.08.18 | Maria Juana

Há anos que se diz que os Óscares estão a ficar antiquados, e já ninguém tem paciência para assistir a uma cerimónia não longa. Pois bem, chegaram as novidades: a Academia de Cinema norte-americana anunciou ontem no Twitter que a cerimónia terá a duração de 3 horas, vai integrar a categoria de Best Achievement in Popular Film, e terá lugar no início do mês de fevereiro. 

 

Foi em 2001 a última vez que uma nova categoria foi adicionada ao role de prémios  da Academia, Melhor Filme de Animação. Agora, parece que querem premiar os filmes mais populares ao longo do ano - ou seja, parece que querem finalmente ajudar os blockbusters a ganhar um Óscar. 

 

A maioria diz que a pressão veio de Pantera Negra, o grande sucesso de 2018 e que tem arrecadado elogios por todo o mundo. Dizem os rumores que a Disney tem preparada uma campanha para fazer com que Pantera Negra esteja entre os nomeados de 2019, mas nunca ninguém percebeu bem como. Agora, com uma categoria dedicada ao populismo, talvez seja muito mais fácil. 

 

O comunicado enviado aos membros da Academia não referia ainda como é que esta categoria será julgada. Apesar disso, traz alguma esperança à cerimónia.

 

É verdade que nos últimos anos tem perdido o encanto. Apesar de elogiar e premiar filmes muito específicos, cada vez mais é importante dar voz também a outro tipo de Cinema, mais simples mas igualmente bom. Pantera Negra, Deadpool ou Um Desastre de Artista são ótimos exemplos de filmes que nunca conseguiriam ser premiados na cerimónia (se bem que o último foi nomeado este ano, com pouquíssimas hipóteses de ganhar), mas que cumprem demasiado bem o seu propôsito. São ótimos no seu género, e o público adora-os de uma forma geral. 

 

As audiências de 2018 foram as piores dos últimos anos - é claro que a Academia tem de rever muito bem o que faz para continuar a atrair público. 

 

E isso pode começar muito por abrir os olhos a outro tipo de filmes, mas também pelas restantes decisões tomadas esta semana.

 

A outra novidade importante é a duração da cerimónia em si. O objetivo é que a cerimónia não ultrapasse as 3 horas, para que seja mais fácil assistir em qualquer parte do mundo. Isso significa que algumas das 24 categorias sejam apresentadas durante os intervalos para publicidade, e adicionadas mais tarde numa versão alargada. 

 

Por isso sim, na TV só vão ver as que importam, as outras terão de seguir no Twitter. 

 

O que não é totalmente fixe para categorias muito porreiras que merecem exatamente o mesmo reconhecimento que as restantes, e que ficarão de fora, mas OK. Uma pessoa não pode ter tudo. 

 

No fundo, esta é uma forma da Academia se modernizar. Quer chegar a um novo público, que olha para o Cinema de outra forma, que está à procura de mais diversidade. Isso é bom para nós que não gostamos de estar acordados até às 5 da manhã em véspera de trabalho, e que achamos que o Deadpool merece um Óscar. Tenho dúvidas se não nos tirará, porém, algum valor a filmes mais independentes que veem aqui uma forma de mostrar todo o seu valor, que merecem. Todos merecem o seu espaço, e até aqui a cerimónia tem sido uma ótima plataforma. 

 

Felizes com estas alterações?

 

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