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Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

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Drive In #6 - Batman & Robin

11.02.16 | Maria Juana

Em semana de Carnaval e de Dia dos Namorados, aqui no Drive In decidimos escolher um filme que juntasse o melhor dos dois mundos. Pensámos: o que é que une fatiotas giras, algum romance e uma boa dose de aventura e ação...mas que seja fantasticamente terrível? A resposta foi simples: Batman e Robin.

 

A primeira grande saga Batman começou em 1989, pela mão de Tim Burton, com Michael Keaton no papel principal, e Jack Nicholson como Joker. Batman Returns seguiu-se, ainda com o toque do realizador mais excêntrico de Hollywood. Ambos os filmes têm uma cotação decente no IMDB e os fãs do morcegão disseram bastante bem da adaptação de Burton.


Mas, em 1995, Joel Schumacher entra em cena e vem estragar todo o trabalho do colega com Batman Forever (Val Kilmer como Bruce Wayne, Jim Carey como Riddler e Tommy Lee Jones como Two Face….eu sei, eu sei...) e, em 1997, o filme em foco no Drive In: Batman e Robin.

 

George Clooney foi a escolha para Batman, e eu desconfio que ele só aceitou o papel porque, depois de E.R, a coisa não andava famosa em termos de trabalho. Chris O’Donnel, a atual estrela de NCIS Los Angeles, ficou com o papel de Robin: com 20 anos, nem deve ter pensado duas vezes quando ouviu “collants vermelhos”. Já o vilão Freeze ficou para o robô mais famoso da história, Arnold Schwarzenegger. Porquê? Pois, é essa a questão que fazemos constantemente ao longo do filme.

 

Nos primeiros 5 minutos percebe-se imediatamente que não só vão ser duas horas de uma amálgama de maus efeitos especiais e acrobacias mais fake que a cara da Betty Grafstein, como também não vamos retirar nada dos diálogos pobrezinhos e a transbordar de clichés. Aliás, o mordomo Alfred (Michael Gough), assim que vê o patrão partir para mais uma luta, faz a maior e melhor cara de dó que já vi no cinema, e que resume o filme na perfeição. Contemplem.

 

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Portanto, lá sai o Batman em missão, mas não porque viu o bat signal no céu...nada disso, que coisa arcaica! Como é que não se lembram que, em 1997, a tecnologia era de ponta? É claro que o nosso homem-morcego recebe uma vídeo-chamada do chefe da polícia!

 

Estes fails são constantes ao longo de um plot confuso e sem qualquer qualidade, uma edição horrível e demasiado rápida, uns cenários roubados da peça de natal da Escola Básica do Laranjeiro e uma atmosfera que não capta, de maneira nenhuma, o espírito de um dos super heróis mais adorados. E nem sequer a Poison Ivy (Uma Thurman) e a Bat Girl (Alicia Silverstone), ajudam a quebrar o ritmo daquelas galinhas tontas e adicionam o elemento de love interest.

 

É tudo tão exagerado, tão cliché, tão MAU….que é estranhamente satisfatório. Claro, é impossível comparar esta dolorosa experiência cinematográfica com as de Burton ou, mais recentemente, Christopher Nolan - mas a verdade é que, olhando para trás, este é dos filmes que mais me ficaram na memória, e que revi vezes sem conta na TV.

 

Só que não há como negar, é péssimo. Aliás, só há duas palavras que descrevem esta maravilha na perfeição: vergonha alheia.

 

This is why Superman works alone,

DeLorean

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