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Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

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Drive In #14 - Honey

28.04.16 | Maria Juana

Aqui no blog primamos por não deixar passar nenhuma data importante, e este Drive In veio no timming certo: não só celebramos hoje as 35 primaveras de Jessica Alba, como fazemos moonwalk até ao Dia Internacional da Dança, que se festeja amanhã por todo o mundo.

 

E agora vocês perguntam: o que é que Jessica Alba e dança têm em comum que seja digno de um Drive In? A resposta é doce, doce: Honey.

 

 

Não sei se se lembram, mas quando a tv por cabo apareceu em Portugal, havia um canal chamado People + Arts (que entretanto teve tantas evoluções que nem o Ash ia dar conta deste pokémon). Nesse canal, passava a velhinha série Fame, com Debbie Allen e Gene Anthony Ray. Eu adorava aquilo: cantar e dançar e tocar instrumentos, tudo numa escola só? Nem sabia que isso existia! A série tinha a sua própria aura de magia, alguma coisa que nos fazia acreditar que aqueles miúdos iam mesmo chegar longe; que a série acabava mas eles ganhavam asas e iam encantar palcos da Broadway e do West End, e figurar nos grandes blockbusters de Hollywood.

 

Fame foi a impulsionadora de filmes como Dirty Dancing e Flashdance, que ditaram o mote do género. Mais tarde, com a febre do hip hop, surgiram êxitos como 8 Mile...e Honey.

 

O ano é 2003 e a jovem Jessica Alba interpreta Honey Daniels, uma coreógrafa que sonha em ver o seu trabalho nos vídeoclipes dos grandes artistas...mas só tem chance de praticar os moves nas discotecas da zona. Até que, convenientemente, surge na sua vida um produtor famoso, Michael Ellis, que lhe promete uma carreira e dinheiro. O senão? Honey só tem de pagar tudo isso em sexo.

 

Claro está que Honey recusa e, como consequência, fica sem trabalho, entra em stress e afasta todas as pessoas que gostam dela - tudo isto com muita dança e música à mistura. O filme acaba por ter um quê de conto de fadas: o triângulo amoroso, a melhor amiga que se desilude, mas volta para dar apoio nos momentos certos e, claro, o final feliz.

 

Está longe de ser um trabalho de génio - mas damos o desconto, já que foi o primeiro esforço de Bille Woodruff no mundo da realização. Antes, só tinha feito videoclipes...mas dos bons! Foi responsável por vários vídeos de Britney Spears e dos Outkast, que chegaram ao Top 10. O americado ficou-se por aquilo que conhecia, e não o fez tremendamente mal: sim, é altamente previsível e está tão cheio de clichés docinhos que se torna borderline diabético, mas, por outro lado, tem ótima coreografia, excelente banda sonora e um cameo de Missy Elliot!

 

 

Honey chega aos calcanhares dos seus antepassados? Jessica Alba traz-nos a intensidade de Jennifer Beals ou a personalidade contagiante de Jennifer Grey? Claro que não, mas não é por isso que deixa de nos divertir e entreteter durante uma hora e meia. E no final de contas, tem um lado sério e uma mensagem positiva que passa na perfeição: o que verdadeiramente conta é o talento e permanecer fiel aos nossos valores - por muito difícil que seja, e mesmo com todas as adversidades, fazer a coisa certa dá infinitamente mais gozo.

 

 

E nem se atrevam a dizer que, quando o filme acaba, não vão tentar os moves que viram em frente ao espelho. Eu sei...também tentei.

 

"I found something that I truly love, that truly makes me happy.
That's a million times better than something that makes you rich."

DeLorean

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