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Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

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Carta aberta sobre O Diário da Princesa 3

03.11.16 | Maria Juana

Olá. O meu nome é Maria Juana. Tenho 24 anos, e sou fã de cinema. Daquelas fãs que olha para alguns filmes e pensa neles como amigos de infância, ou irmãos mais novos. São dignos de serem protegidos e guardados no coração com carinho, e ver e rever quando preciso de calor no meu dia-a-dia.

 

O Diário da Princesa é um desses filmes. Era o símbolo de como a mais simples menina, o patinho mais feio, podia ser uma princesa verdadeira - e que até tinha a Julie Andrews como avó.

Por isso, O Diário da Princesa tem um lugar muito especial no meu coração.

 

 

Li há uns tempos uma notícia em que se punha a hipótese de existir um terceiro filme de O Diário da Princesa. A notícia dizia que Anne Hathaway, Julie Andrews e Garry Marshall tinham estado a falar sobre o projeto, e só faltava o OK da Disney e do restante elenco para avançar.

 

A ideia já estava um pouco formada: o filme seria sobre a luta de Mia (a princesa) na idade adulta; os seus desafios, e dilemas, e todas as decisões que tem de tomar na sua chegada ao trono de Genovia.

 

Escrevo esta carta aos produtores, à Disney e a quem possa ter uma palavra a dizer sobre o assunto: tenham cautela, tenham muita cautela. Eu quero ver uma continuação de O Diário da Princesa. Se a Mia não consegue lidar com os dramas da vida adulta, eu quero ver, eu quero poder ver à minha frente que todos temos problemas e dúvidas - mesmo quando somos princesas e temos um armário cheio de roupa bonita.

 

Eu preciso de ver que as pessoas crescem, e não ficam só no seu cantinho depois de chegar o fim do filme. Que há uma continuação, que aquelas pessoas com quem criei laços e uma ligação também continuaram com as suas vidas (como se fossem reais). Para alguém que tem estas histórias no coração é reconfortante.

 

 

Mas quero pedir-vos cautela. Como eu, existem milhares ou milhões de jovens que querem ver a Mia, mas que ainda guardam aquela imagem de inocência e magia. Há uma certa aura em O Diário da Princesa que ainda preservamos, e que deve ser conservada.

 

Principalmente porque O Diário da Princesa não é um filme qualquer. Alguma vez imaginaram o que é ser uma menina perdida, e depois ter um exemplo como a Mia? Alguém que consegue adaptar-se e perceber que tem de sair da sua zona de conforto para ser rainha de um país inteiro? É muito poderoso!

 

E agora, se nos estragam essa imagem? Se deixa de ser aquela Mia tão inocentemente totó, mas muito inteligente e dedicada? Se a sua avó deixa de ter a audácia de ir contra tudo e todos? Não vai ser a mesma coisa…

 

Por isso peço-vos: tenham cautela. Pensem bem na situação, e vejam bem o caminho que querem seguir. Eu tenho esperança e fé de que pode sair boa coisa daí. Eu acredito em vocês (quem quer que vocês sejam).

 

Façam-no em memória de Garry Marshall, o realizador dos primeiros filmes e que, depois das conversações, faleceu sem prosseguir com o projeto. Façam-no decentemente por ele, e por nós.

Mas façam-no. Estaremos à espera.

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