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Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

Afinal, fui ao cinema e... comi pipocas!

09.01.16 | Maria Juana
Quando iniciei este espaço escrevi aqui com toda a clareza que há um grande motivo para não comer pipocas no cinema: distraem-me. Seja o som de quem as come, ou o simples ato de comer, a verdade é que parece que me concentro mais nas pipocas do que no filme - principalmente naquelas alturas tensas, em que o silêncio deve reinar na sala para o drama assentar, a banda sonora criar ambiente, as lágrimas ameaçarem cair... Até que alguém decide quebrar o feitiço e mastigar com a boca aberta, ou atirar a mão para dentro do balde de pipocas como se a sua vida dependesse disso.
 
Não depende. É feio. Aliás, distrai quem de facto está a ver o filme. É irritante. E não gosto quando o fazem ao meu lado.
 

Até que este fim de semana algo acontece. Estou a meio do filme quando, subitamente, só consigo pensar numa coisa: na fome que tenho! Vamos esquecer o Rocky e os seus problemas, o que quero mesmo é comida! Solução? Ao intervalo só me resta como opção... Comprar pipocas.

 

Vacilei. Dei por mim com o pacote na mão, comendo com avidez a única coisa que tinha para tapar o buraco no meu estômago. Com muito cuidado, uma a uma, senti os olhares postos em mim, por estar a fazer aquilo que critico tanto nos outros.

 

Portanto, optei pela estratégia mais acertada, de comer com cuidado e de forma controlada. Tenho um passo a passo muito bem testado, onde pelo menos faço os possíveis para não perturbar ninguém. Até é relativamente simples: 
 
Passo 1: escolher o momento certo. Vamos evitar os silêncios, os momentos mais dramáticos ou que tais para fazermos barulho. Suponho que seja senso comum. Em todos os filmes há alturas em que a música sobrepõe tudo, e os mais barulhentos podem aproveitar. 
 
Passo 2: não chafurdar no balde. Podemos pegar numa mão cheia de pipocas sem fazer um barulhão. Basta pegar aos poucos, e juntá-las na mão. 
 
Passo 3: BOCA FECHADA! Não é difícil comer de boca fechada, e é facilitado quando não se põe a comer todas as pipocas de uma vez. Mastigar é um processo individual, não precisamos estar a partilhar. 
 
Passo 4: amolecer as pipocas. Isto pode parecer estranho, mas amolecer um pouco na boca as pipocas para não fazer um barulhao enquanto mastigamos é uma das melhores formas de o evitar. É talvez para os mais esquisitos, como eu, o que não lhe tira algum mérito. Se optarem pelo passo 1 pode não ser tão necessário, mas nada a esquecer. 
 
Não parece complicado, pois não? Obriguei o meu namorado a segui-lo e pareceu funcionar. Aos poucos, quem sabe não podemos voltar a comer pipocas no cinema?