7 curiosidades sobre Steven Spielberg
Steven Spielberg é daqueles cineastas que dispensa apresentações. Já anda nisto da realização e produção desde dos anos 1960, já foi nomeado para 14 Óscares da Academia e ganhou 3. É o criador de alguns dos mais emblemáticos e clássicos filmes das últimas décadas, e idealizou personagens que ainda hoje percorrem o nosso imaginário.
Steven Spielberg já fez de tudo. Já andou a brincar com dinossauros, já viajou pela História com o nosso arqueólogo preferido, já viu extraterrestres e contou histórias inspiradoras e reais. É um contador de histórias por excelência, que sabe perfeitamente onde quer chegar, e como.
É também uma figura que causa controvérsia. Se muitos acreditam que ele é dos realizadores e cineastas com mais talento que temos em atividade, outros não lhe percebem o valor ou consideram que o seu talento é mais para criar aquelas histórias simples e sem grande conteúdo, não tanto para tratar delas.
Opiniões à parte, o nome Spielberg já faz parte dos livros de História do Cinema. A sua visão, muito centrada no ambiente das personagens e na nossa relação enquanto público com elas, continua a gerar elogios.
Por aqui consideramos Steven Spielberg no senhor naquilo que faz. Independentemente de não criar enredos fora de série, ou adotar grandes estilos e técnicas, a verdade é que nos passa a mensagem de forma tão simples e clara que tudo passa para este lado. Nos últimos anos é interessante como se tem virado para histórias tão diferentes – umas fantásticas, outras reais – mas interessantes.
Esta quinta-feira estreia nas salas a sua nova obra, The Post. Depois de lançar A Ponte dos Espiões, em 2015, volta aos temas fraturantes com a verdade sobre como a imprensa livre (e uma mulher particularmente) fez frente ao governo norte-americano.
Para marcar este dia (e porque ele tem demasiados filmes para conseguir avaliá-los do pior para o melhor), aqui ficam sete curiosidades que talvez não soubessem sobre ele.
A Lista de Schindler foi praticamente um projeto para a faculdade
Spielberg é um daqueles casos que os jovens que querem desistir dos estudos contam aos pais – é que ele desistiu da faculdade e mesmo assim hoje é um dos mais ricos de Hollywood. Mesmo assim, décadas depois de ter saído, o realizador voltou a inscrever-se e entregava os trabalhos sob pseudónimo. Para terminar uma cadeira de cinema, entregou a Lista de Schindler como projeto final. Sim, o filme. Ele basicamente lançou o filme para o Cinema, e entregou na faculdade ao mesmo tempo.
Além disso, doou todo o dinheiro que ganhou com o filme, porque não queria lucrar com uma história tão negra quanto esta.
Encontros Imediatos de Terceiro Grau podia ter sido muito diferente
Antes de Et – O Extraterrestre, já Encontros Imediatos de Terceiro Grau nos fazia acreditar em aliens (e em bandas sonoras do caraças). Mas aquele enredo de descoberta de seres que comunicam por música só chegou depois.
A ideia original de Spielberg envolvia uma conspiração governamental, e um homem que decidia que ia contar a toda a gente que os aliens existiam. Escusado será dizer que essa versão não foi para a frente.
Mesmo assim, o realizador não ficou totalmente satisfeito com o final do filme. Mais tarde veio dizer que a ideia de Roy abandonar a família não lhe agradava totalmente, mas foi essa a versão que prevaleceu até hoje.
O seu ator fetiche é um cão
Se pensavam que Tom Hanks ou Harrison Ford eram os atores que mais entravam num filme de Steven, estão enganados. Aquele que mais vezes aparece é o seu cão. Chama-se Elmer e entrou em alguns dos seus filmes mais conhecidos, como 1941, Tubarão e Asfalto Quente.
Nada mau para um cão!
O Resgate do Soldado Ryan é parcialmente inspirado numa história verídica
Não é novidade que Steven Spielberg tem um fraquinho por histórias épicas e emocionais, nem tão pouco que gosta de nos mostrar um pouco da realidade. O Resgate do Soldado Ryan é quase uma mistura entre os dois.
No filme, os soldados liderados por Tom Hanks têm de resgatar o soldado Ryan, o quarto filho de uma mulher que já perdeu os três mais velhos na guerra. Isso aconteceu mesmo na realidade: os quatro irmãos Niland serviram durante a Segunda Guerra Mundial. Um deles, Fritz, foi enviado de volta para a terra Natal quando os seus irmãos foram presumidos mortos. Mas um deles foi encontrado vivo anos mais tarde.
Foi rejeitado para realizado James Bond... duas vezes
Reza a história que Steven Spielberg foi sempre um grande fã dos filmes de James Bond. E como todos os fãs, adoraria trabalhar num deles.
Não vai de modas e tenta contactar Albert R. Broccoli, que na altura era o produtor dos filmes de 007. Broccoli, apesar de lhe encontrar talento, achava que lhe faltava experiência e disse-lhe que não.
Mas Spielberg era um homem persistente. Anos mais tarde, depois de lançar A Lista de Schindler volta a contactar o produtor. A resposta? “Bem, agora não tenho como te pagar.”
Daniel Day-Lewis foi o primeiro ator a receber um Óscar por um filme de Spielberg
É como se os filmes de Spielberg estivessem amaldiçoados: podem levar vários atores a serem nomeados para um Óscar da Academia, mas até hoje só um é que levou a estatueta para casa.
O Indiewire diz-nos que só por A Cor Púrpura foram 3 atrizes que ficaram sem estatueta. No ano em que Liam Neeson foi nomeado para Melhor Ator perdeu para Tom Hanks (pelo seu papel em Filadélfia), que por sua vez perdeu no ano de O Resgate do Soldado Ryan para Roberto Benigni.
Daniel Day-Lewis foi o primeiro a conseguir a proeza em 2012 ao interpretar Lincoln.
Foi a mente por detrás do enredo do primeiro videojogo Medal of Honor
Aparentemente o senhor também gosta de videojogos. Tanto que, em 1999, foi ele quem criou a narrativa que o jogador segue em Medal of Honor.
O jogo foi pioneiro da série, e leva-nos ao cenário da Segunda Guerra Mundial (recorrente, não é?). Ainda hoje continua a ser recordado com um jogo de excelência, e que abriu portas para toda uma série que ainda hoje continua.