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Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

10 filmes que fazem 20 anos em 2020

17.01.20 | Maria Juana

Lembram-se onde estavam há 20 anos atrás? Parece tão longínquo, não é? Uma parte de mim ainda acreditar que os anos 90 foram há 10 anos, mas a verdade é que a entrada em 2020 marca os primeiros 20 anos do século XXI. E com isso, nada como celebrar o cinema que fazia as maravilhas da entrada do milénio. 

Como sempre, 2000 foi um ano de grandes filmes e outras assim-assim. Houve comédias, ações, dramas e até super-heróis, que nos ajudaram a chorar, rir, deitar as mãos à cabeça ou simplesmente aceitar que o mundo é um lugar muito estranho. 

Há 20 anos ainda não tinha idade suficiente para ver nenhum destes filmes no cinema - acho que não tinha idade para ver nenhum destes filmes, ponto. Qualquer um dia só vi anos mais tarde, alguns quando intelectualmente preparada para perceber que há cinema para todos e os fimes não precisam respeitar um género ou tipo. 

Preparados para viajar até 2020? 

 

Snatch - Porcos e Diamantes

Tinha de começar por Snatch porque, desta insana lista de 10 filmes com o seu momento de espetacularidade, este é aquele que eu continuo a ficar de boca aberta sempre que o vejo. Realizado e escrito por Guy Ritchie, Snatch é carregado de violência, planos acelerados, zoom ins e zoom outs a velocidades estonteantes e interpretações com sotaques estranhos. A história de gangster, promotores de campeonatos de boxe, mafiosos e ladrões que andam à procura de um diamante perdido toma proporções britânicas que não conseguimos nunca bem compreeder o  que está a acontecer à nossa frente. Não envelhece e 20 anos depois continua a ser a maravilha que era em 2000. 

Almost Famous

Almost Famous é inevitavelmente aquele filme que vemos quando o mundo da música começa a tornar-se uma paixão para qualquer um de nós. Em 2000 ainda não tinha lá chegado, mas chegada a adolescência foi uma revelação ter este filme à minha frente. Sobretudo quando o mundo das letras começava a tornar-se uma possibilidade, a história de William Miller era um sonho: ainda na escola, ele tem a oportunidade de acompanhar uma banda em ascenção em tour e de escrever uma peça para a famosa revista Rolling Stone. E ele encontra um mundo tão diferente  e tão esclarecedor ao mesmo tempo que há uma certa revelação - os sonhos nem sempre são aquilo que pensamos. Hoje, trabalhadora e com os sonhos trocados, é incrível a sua aplicabilidade…

 

X-Men

Lembra-se de um tempo em que as salas de cinema não estavam repletas de filmes de super-heróis? Pode não ser assim há tanto tempo, até porque o primeiro filme de X-Men, aquele mesmo primeiro, estreou há 20 anos. Com Patrick Stewart, Ian McKellen, Halle Berry, Famke Janssen e, pela primeira vez no papel de Wolverine, Hugh Jackman, esta foi aquela introdução ao mundo dos mutantes que lutam entre si, entre aqueles que querem a paz e os que querem sobrepor-se aos humanos. 20 anos depois já tivemos tantas voltas no tempo, entre X-Men antigos e novos, que já nem sei o que pensar - mas este nao há um novo, OK? 

 

Miss Detetive

 

A primeira comédia desta lista tinha obrigatoriamente de ser protagonizada por Sandra Bullock, a namoradinha dos EUA e a beleza das comédias do início do século. E este Miss Detetive é a sua grande conquista, se me permitem dizer. Possivelmente aquele que vi mais cedo desta lista, é  também um dos meus maiores guilty pleasures, ao ponto de parar totalmente quando começa a dar na TV. Não é nada de especial, tem todos os clichés do mundo da comédia e ainda assim, seja pelo charme de Bullock ou a história da Gata Borralheira que vira Cinderela, não há como não adorar este Miss Detetive e as suas sequelas. 

 

Requiem for a Dream

Passamos da comédia mais pura de sempre, para um dos maiores mindfuck do mundo do Cinema. Há 20 anos, o mundo cinematográfico ficou um pouco mais estranho quando Darren Aronofsky nos presenteou com aquele  que foi a introdução ao mundo dos seus filmes estranhos - não há como esquecer Mãe ou Cisne Negro. Em Requiem for a Dream, há sonhos, há realidades, há relações e abandono, tristeza e felicidade. Há confusão, mas também clareza e uma vontade de tentar perceber o caos. São 20 anos a tentar perceber o caos… 

 

American Psycho

A primeira vez que vi o Christian Bale foi aqui, no papel de um psicopata que gostava de matar pessoas porque sim. Ele tinha tudo, desde uma noiva de sonho, à profissão que lhe conseguia proporcionar uma vida de luxo e conforto. Mas apesar de tudo, tinha uma vontade que não conseguia controlar de matar. É altamente estranho, mas de uma forma estranha muito congruente como este American Psycho junta a classe à decadência dos crimes de Bateman (a personagem de Bale). É daqueles filmes para se ver pelo menos uma vez na vida. 

 

Os Anjos de Charlie

Voltamos à comédia num clássico, que foi alvo de um remake ainda em 2019 - bem, não é bem um remake, antes um regressar da equipa de espiões mais sexy do pedaço. Em 2000, era a passagem da série de TV de sucesso para o  grande ecrã com as estrelas do momento: Caeron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu, que instantaneamente se tornaram os anjos mais queridos de Hollywood. Se bem que de 2000, esta versão de Anjos de Charlie continua a deixar-nos com um sorrisinho na boca, nem que seja pelos idiotas acontecimentos que teimam em ajudar as 3 agentes a descobrir o culpado. Tão irrealista, tão interessante. 

 

Memento

É apenas fitting que, no ano em que Christopher Nolan lança um novo filme, mais estranho e arriscado, celebremos também o 20º aniversário daquela que foi, diria eu, a longa-metragem que nos fez (à população em geral, que eu não tinha idade para perceber nada) perceber que Nolan era um nome a ter debaixo de olho. Com as trocas a que nos tem acostumado, Memento conta a história de um homem com perda de memória a curto-prazo, mas que faz um esforço enorme para encontrar o assassino da sua mulher. Há mistério, há interpretações do caraças, há momentos WTF que fazem sempre sentido revisitar quando queremos ficar com uma perspetiva da carreira e do trabalho do mestre. 

 

Erin Brokovich

A primeira vez que vi Erin Brokovich, lembro-me que fiquei a pensar algum tempo sobre o filme. Não que fosse espetacular, ou que achasse que era uma grande obra-prima, mas porque me apercebi pela primeira vez do poder do cinema enquanto plataforma para contar histórias reais, de alertar para o que  acontece no mundo e ajudar-nos a preservar uma memória coletiva, não só dos grandes eventos da História da Humanidade, mas das coisas mais pequenas que continuam a ter a sua importância na forma como vemos o mundo. Erin Brokovich (aqui interpretada por um Julia Roberts de tal forma reinventada que ganhou o Óscar de Melhor Atriz  por este papel) existiu, era uma mãe solteira que descobriu que uma empresa de energia poluia as águas da região. Com persistência, lá conseguiu deitá-los abaixo. 20 anos depois, continua a ser um exemplo que até as histórias mais pequenas merecem ser contadas. 

 

Bring it On

Terminamos este throwback com um filme de adolescentes por excelência, para mostrar que nem sempre as comédias envelhecem bem - não por estarem mal feitas, mas simplesmente porque filmes sobre campeonatos de claques já não se aplicam tanto assim à realidade da adolescência, americana ou não. Bring it On, ou Tudo Por Elas, na versão portuguesa, era o culminar da rivalidade, da luta pela popularidade e até brancos contra pretos que foi muito explorado no início do milénio. Tinha a amizade, o romance e até a picardia entre classes sociais que era muito giro desmistificar, mas hoje sabemos que o caminho talvez não fosse esse. Ainda assim, marcou uma época, em que até jovens que não tinham claques queria fazer parte de uma. E tem Kirsten Dunst e Gabrielle Union, se precisam mesmo de uma desculpa para o rever.

#RoadTotheOscars 2020 - Foram revelados os nomeados

13.01.20 | Maria Juana

São 92 anos de Óscares e, apesar das controvérsias a que temos assistido nos últimos anos, a verdade é que estes continuam a ser os prémios que interessam. Venham os sindicatos, os Baftas, os Globos de Ouro que até podem ter uma Academia muito mais interessada e conhecedora - no fim do dia estes são os prémios que o público conhece e aqueles que garantem investimento. 

Com mérito ou não, é um dos momentos mais aguardados do ano cinematográfico e ficámos hoje a conhecer os nomeados para a tão desejada estatueta dourada. Podem já fazer scroll até lá, eu não me importo, mas vou dar um pouco mais de contexto até lá chegarmos, OK? 

 

A Cerimónia

A 92ª cerimónia de entrega dos Óscares da Academia vai acontecer no dia 09 de fevereiro, um pouco mais cedo do que os anos anteriores, apesar de manter a tradição de ser no segundo mês do ano e de fechar a award season. 

O Dolby Theatre será o palco da cerimónia que, tal como o ano passado depois da polémica com Kevin Hart, não terá apresentador.

 

Os nomeados

Havia alguma expectativa sobre quais seriam os nomeados mais previsíveis para 2020. Depois da entrega dos Globos de Ouro e das nomeações para os Bafta, houve uma clara “batalha” entre produções financiadas por estúdios tradicionais ou por plataformas de streaming - um Joker vs O Irlandês, Warner vs Netflix. 

Sem grandes surpresas, a balança ficou bastante equilibrada, com 11 nomeações para Joker e 10 para The Irishman, incluindo Melhor Filme e Melhor Realizador para ambos. Com 10 nomeações avançam também Era Uma Vez... Em Hollywood, de Quentin Tarantino, e 1917 de Sam Mendes, ambos também nomeados para Melhor  Filme.

A categoria de Melhor Filme encerra com algumas surpresas, como Ford v Ferrari, Jojo Rabbitt e Little Women que, apesar de terem sido reconhecidos noutros prémios não tiveram ainda um destaque considerável - sobretudo Ford V Ferrari, que conta sobretudo com nomeações técnicas e nada nas categorias principais. Marriage Story e Parasitas completam a categoria. 

2020 torna-se assim um ano de poucas surpresas. Houve algumas ausências quando comparado com os Globos de Ouro ou Baftas e presenças inesperadas, sobretudo nas categorias de interpretação - com uma dupla nomeação para Scarlett Johansson, nomeada para Melhor Atriz e Melhor Atriz Secundária por Marriage Story e Jojo Rabbitt, respetivamente, é esperado, mas mesmo assim deixa-me desiludida por não haver  espaço para outras interpretações. 

Eis todos os nomeados:

MELHOR ATOR

ANTONIO BANDERAS, Pain and Glory

LEONARDO DICAPRIO, Era Uma Vez... Em Hollywood

ADAM DRIVER, Marriage Story

JOAQUIN PHOENIX, Joker

JONATHAN PRYCE, Dois Papas

 

MELHOR ATOR SECUNDÁRIO

TOM HANKS, Um Amigo Extraordinário

ANTHONY HOPKINS, Dois Papas

AL PACINO, The Irishman

JOE PESCI, The Irishman

BRAD PITT, Era Uma Vez... Em Hollywood

 

MELHOR ATRIZ

CYNTHIA ERIVO, Harriet

SCARLETT JOHANSSON, Marriage Story

SAOIRSE RONAN, Little Women

CHARLIZE THERON, Bombshell

RENÉE ZELLWEGER, Judy

 

MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA

KATHY BATES, Richard Jewell

LAURA DERN, Marriage Story

SCARLETT JOHANSSON, Jojo Rabbit

FLORENCE PUGH, Little Women

MARGOT ROBBIE, Bombshell

 

MELHOR FILME ANIMADO

COMO TREINARES O TEU DRAGÃO: O MUNDO SECRETO

I LOST MY BODY

KLAUS

MISSING LINK

TOY STORY 4

 

CINEMATOGRAFIA

THE IRISHMAN, Rodrigo Prieto

JOKER, Lawrence Sher

THE LIGHTHOUSE, Jarin Blaschke

1917, Roger Deakins

ERA UMA VEZ EM HOLLYWOOD, Robert Richardson

 

GUARDA ROUPA

THE IRISHMAN, Sandy Powell and Christopher Peterson

JOJO RABBIT, Mayes C. Rubeo

JOKER, Mark Bridges

LITTLE WOMEN, Jacqueline Durran

ERA UMA VEZ… EM HOLLYWOOD, Arianne Phillips

 

 

MELHOR REALIZADOR

THE IRISHMAN, Martin Scorsese

JOKER, Todd Phillips

1917, Sam Mendes

ERA UMA VEZ... EM HOLLYWOOD,Quentin Tarantino

PARASITAS, Bong Joon Ho

 

MELHOR DOCUMENTÁRIO

AMERICAN FACTORY, Steven Bognar, Julia Reichert and Jeff Reichert

THE CAVE, Feras Fayyad, Kirstine Barfod and Sigrid Dyekjær

THE EDGE OF DEMOCRACY, Petra Costa, Joanna Natasegara, Shane Boris and Tiago Pavan

FOR SAMA, Waad al-Kateab and Edward Watts

HONEYLAND, Ljubo Stefanov, Tamara Kotevska and Atanas Georgiev

 

MELHOR DOCUMENTÁRIO – CURTA METRAGEM

IN THE ABSENCE, Yi Seung-Jun and Gary Byung-Seok Kam

LEARNING TO SKATEBOARD IN A WARZONE (IF YOU'RE A GIRL), Carol Dysinger and Elena Andreicheva

LIFE OVERTAKES ME, John Haptas and Kristine Samuelson

  1. LOUIS SUPERMAN, Smriti Mundhra and Sami Khan

WALK RUN CHA-CHA, Laura Nix and Colette Sandstedt

 

MELHOR EDIÇÃO

FORD V FERRARI

THE IRISHMAN

JOJO RABBIT

JOKER

PARASITAS

 

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

CORPUS CHRISTI, Polónia

HONEYLAND, Macedónia

LES MISÉRABLES, França

PAIN AND GLORY, Espanha

PARASITAS, Coreia do Sul

 

MELHOR CARACTERIZAÇÃO

BOMBSHELL

JOKER

JUDY

MALEFICENT: MISTRESS OF EVIL

1917

 

MELHOR BANDA SONORA ORIGINAL

JOKER, Hildur Guðnadóttir

LITTLE WOMEN, Alexandre Desplat

MARRIAGE STORY, Randy Newman

1917, Thomas Newman

STAR WARS: THE RISE OF SKYWALKER, John Williams

 

MELHOR MÚSICA ORIGINAL

I CAN'T LET YOU THROW YOURSELF AWAY, Toy Story 4

(I'M GONNA) LOVE ME AGAIN, Rocketman

I'M STANDING WITH YOU, Breakthrough

INTO THE UNKNOWN, Frozen II

STAND UP, Harriet

 

MELHOR FILME

FORD V FERRARI

THE IRISHMAN

JOJO RABBIT

JOKER

LITTLE WOMEN

MARRIAGE STORY

1917

ERA UMA VEZ… EM HOLLYWOOD

PARASITAS

 

DESIGN DE PRODUÇÃO

THE IRISHMAN

JOJO RABBIT

1917

ERA UMA VEZ... EM HOLLYWOOD

PARASITAS

 

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO

DCERA, Daria Kashcheeva

HAIR LOVE, Matthew A. Cherry and Karen Rupert Toliver

KITBULL, Rosana Sullivan and Kathryn Hendrickson

MEMORABLE, Bruno Collet and Jean-François Le Corre

SISTER, Siqi Song

 

MELHOR CURTA-METRAGEM

BROTHERHOOD, Meryam Joobeur e Maria Gracia Turgeon

NEFTA FOOTBALL CLUB, Yves Piat e Damien Megherbi

THE NEIGHBORS' WINDOW, Marshall Curry

SARIA, Bryan Buckley and Matt Lefebvre

A SISTER, Delphine Girard

 

EDIÇÃO DE SOM

FORD V FERRARI, Donald Sylvester

JOKER, Alan Robert Murray

1917, Oliver Tarney and Rachael Tate

ERA UMA VEZ... EM HOLLYWOOD, Wylie Stateman

STAR WARS: THE RISE OF SKYWALKER, Matthew Wood e David Acord

 

MISTURA DE SOM

AD ASTRA, Gary Rydstrom, Tom Johnson e Mark Ulano

FORD V FERRARI, Paul Massey, David Giammarco e Steven A. Morrow

JOKER, Tom Ozanich, Dean Zupancic e Tod Maitland

1917, Mark Taylor e Stuart Wilson

ERA UMA VEZ... EM HOLLYWOOD, Michael Minkler, Christian P. Minkler e Mark Ulano

 

EFEITOS ESPECIAIS

VINGADORES ENDGAME

THE IRISHMAN

THE LION KING

1917

STAR WARS: THE RISE OF SKYWALKER

 

MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO

THE IRISHMAN, Steven Zaillian

JOJO RABBIT, Taika Waititi

JOKER, Todd Phillips & Scott Silver

LITTLE WOMEN, Greta Gerwig

THE TWO POPES, Anthony McCarten

 

MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL

KNIVES OUT, Rian Johnson

MARRIAGE STORY, Noah Baumbach

1917, Sam Mendes & Krysty Wilson-Cairns

ERA UMA VEZ... EM HOLLYWOOD, Quentin Tarantino

PARASITAS, Bong Joon Ho & Han Jin Won

20 filmes que estreiam em 2020

10.01.20 | Maria Juana

Se a maioria de nós se despediu de 2019 a fazer listas dos melhores e piores do ano, eu prefiro começar 2020 a ponderar o que não vou querer perder nos próximos 12 meses. Um novo ano é sinónimo também de novos filmes e novas estreias, muitos deles anunciados já há tanto tempo que nos vamos esquecendo que existem - e outros que nem temos noção que estão a chegar até  vermos as datas de estreia.

As datas estão estabelecidas e os filmes estão prontos a ser postos nas salas. Aventuras, ficção científica, comédias, super-heróis… Como os anos, os próximos meses estão repletos de filmes que dão muito à expectativa e outros que nem o melhor trailer nos faz ficar interessados.

Ainda assim, fiquem com os 20 que mais enchem o olho e que com certeza irão fazer correr muita tinta…

 

Jojo Rabbit

Juntamos a esta lista uma estreia de 2019, mas que só chega a Portugal em 2020. É criação de Taika Waititi, realizador e argumentista responsável por Thor Ragnarok e que aqui não está por detrás das câmaras, como também protagoniza. Jogo Rabbit é sobre um rapaz com o mesmo nome que, na Alemanha da Segunda Guerra Mundial, tem Hitler (Waititi) como amigo imaginário. Com o sonho de entrar na Juventude Hitleriana, vê as suas crenças mudarem quando descobre que a mãe (Scarlett Johansson) esconde uma criança judia em casa.

 

Little Women

Outro filme de 2019 que chega mais tarde a estas bandas. Greta Gerwig traz-nos a sua adaptação do romance de Louise May Alcott, não só com um take mais moderno, mas também com um elenco que denota uma história mais madura e interessante. A crítica tem sido bastante positiva e existe uma grande expectativa para a Award season de 2020.

 

Birds of Prey: And the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn

Esquadrão Suicida soube a pouco, não foi? Então já em fevereiro chega a continuação da história de Harley Quinn (Margot Robbie) contada pela própria depois de ter deixado Joker. Este Birds of Prey é um pouco sequela, mas também um stand alone dedicado a Harley Quinn, que se junta a outras super-heroínas para proteger uma jovem das mãos de um mafioso que deixa Gotham City em alvoroço.

 

Sonic the Hedgehog

Já houve muito filme envolto em polémica, mas não tenho memória de um que tomou as repercussões deste Sonic. O primeiro trailer foi anunciado em inícios de 2019 e o trabalho de adaptação do próprio Sonic foi tão criticado que a estreia do filme foi adiada para que a animação fosse melhorada. Agora é desta, por isso preparem-se para descobrir como é que um polícia de uma cidade rural ajuda o famigerado ouriço a escapar ao Governo…

 

A Quiet Place, Part II

Ei-lo, um dos filmes que mais quero ver em 2020! Depois do sucesso de A Quiet Place, em 2018 (se bem que, na minha opinião, merecia uma maior atenção na Award season do que aquilo que conseguiu), a segunda parte chega este ano. O trailer foi revelado mesmo no fim de 2019, mostrando que vamos descobrir não só o que é feito desta família após os acontecimentos do primeiro filme, como também será contado como tudo começou. Março, chega depressa!

 

Mulan

Outro dos destaques de 2020 é a estreia da adaptação live-action de Mulan, o clássico de animação da Disney que agora ganha vida. Seguindo a tendência dos últimos anos, Mulan inspira-se no sucesso animado, mas também no realismo que a ação pede - e é por isso que não há Muchu, OK? Esta é das adaptações mais esperada no estúdio do Rato Mickey porque, ao contrário do que fazem todos os estúdios de Hollywood, o elenco é totalmente asiático e a história o mais fiel possível à tradição. Ou será?

 

The New Mutants

Eles são 5 jovens mutantes presos num sítio desconhecido, supostamente para aprenderem a lidar com os seus estranhos poderes. A sua missão é sobreviver e tentar escapar, bem ao estilo e X-Men. Confesso que não sabia que este filme existia até fazer este levantamento, mas o twist adolescente dado à história dos mutantes Marvel parece interessante e uma vertente mais leve e desconhecida do que temos visto até agora.

 

No Time to Die

Até há bem pouco tempo era conhecido como Bond 25, por ser o 25º filme de James Bond a chegar aos cinemas. O cartaz oficial trouxe consigo o nome e a confirmação de que Daniel Carig continua no papel do espião mais famoso do mundo, neste que será o seu último filme na pele de Bond. Desta vez, encontramos Bond fora do ativo, até que um velho amigo lhe pede ajuda para encontrar e derrotar um mestre do crime tecnológico.

 

Black Widow

É a vez de Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) brilhar! Num stand alone há muito esperado, em Viúva Negra (hum, criativo) descobrimos o que é que a Vingadora feminina por excelência andou a fazer entre os acontecimento de Capitão América: Guerra Civil e Vingadores: Infitinity War - que foi um regresso a casa, às suas origens e família. Apesar do trailer não me impressionar especialmente e de não ser a maior fã da Viúva Negra, é impossível não estar minimamente interessada num filme que junta Rachel Weisz e Florence Pugh, dois dos meus maiores girl crushes.

 

Legalmente Loira 3

Não existe trailer, nem se sabe muito bem a sinopse de Legalmente Loira 3, mas ao que tudo indica está mesmo a chegar. Reese Witherspoon regressa no papel de Elle Woods, a jovem advogada que usa conhecimentos menos utilizados no mundo litigioso para ganhar casos aos seus clientes. Quem regressa, quem fica de fora… ainda há muito por confirmar e não existem grandes certezas. Mas se é uma possibilidade… não podia deixar de fora!

 

The Woman in the Window

O livro de sucesso dá origem a um thiller psicológico que promete deixar-nos com o rabo colado ao sofá! Protagonizado por Amy Adams, The Woman in the Window conta a história de uma psicóloga que sofre de agorafobia e acredita ter testemunhado ao crime ao espiar os seus vizinhos. Sem conseguir sair de casa, gera à sua volta um ambiente de desconfiança e muito mistério.

 

Wonder Woman 1984

A estreia de Mulher Maravilha marcou um golpe certeiro para a Warner Bros e em equipa vencedora não se mexe. Em 2020, Gal Gadot volta a vestir a armadura que a trouxe à ribalta e Patty Jenkins regressa também ao papel de realizadora, numa sequela sobre a qual não se sabem ainda muitos detalhes. Apesar do trailer já ter sido lançado, a verdade é que não mostra muitos detalhes sobre o enredo - o que pode ser interessante. Levanta algumas questões e aguça a curiosidade que, mesmo sem essa cenoura, já estava bastante interessada. Agora vejamos se a sequela consegue ser tão bem sucedida quanto o anterior…

 

Soul

A grande revelação da Disney Pixar para 2020 é Soul, um filme que conta com as vozes de Jamie Foxx e Tina Fey e, como sempre, promete derreter corações e despertar atenções. Soul conta a história de Joe Gardner, um professor de música que perdeu o sonho de ser artista de jazz. Mas no momento em que tudo se parece alinhar, é transportado para fora do seu corpo e conhece uma jovem “alma” que o ajuda a procurar e refletir sobre o que realmente quer. Estamos a falar dos criadores de Coco e Divertida-Mente, por isso acho que tem tudo para não desiludir!

 

Free Guy

Faltava ainda uma comédia despreocupada, daquelas cujo único objetivo é gastarmos pelo menos duas horas em puro entretenimento e ócio. Ei-lo! Free Guy é protagonizado por Ryan Reynolds e, como grande parte do seu trabalho, tem um cunho muito forte da sua personalidade e humor. Aqui, Reynolds é Guy, um aparentemente jovem normal que, num dia mais aborrecido, descobre que na verdade é uma personagem não jogável num videojogo. Mas apesar disso, ele está convencido de que pode ser o herói e mudar o rumo da sua vida. Só a sinopse parece tão irreal e altamente improvável que já me dá vontade de perceber o que raio é que vai sair daqui!

 

Ghostbusters Afterlife

Não é um remake, não é uma sequela, não é um spin-off… Ghostbusters Afterlife é um pouco de tudo! Anos e anos depois dos filmes originais, assistimos à chegada de uma mãe solteira e dos seus 2 filhos a uma pequena cidade para começarem uma nova vida. Aí começam a descobrir que há algo na sua casa ligado aos caça-fantasmas originais e que o seu avó deixou um legado que até estão desconheciam. Afterlife está diretamente ligado aos primeiros filmes da saga e foi até realizado por Jason Reitman, filho de Ivan Reitman (o realizador do primeiro Ghostbusters). Tem um quê de familiar, não tem?

 

Tenet

Vai estrear um novo filme do Christopher Nolan! Vai estrear um novo filme do Christopher Nolan! Vai estrear um novo filme do Christopher Nolan! Terminado este momento de fangirling, fiquem a saber que 2020 marca a estreia do novo filme do mestre Nolan, por quem eu (claramente) sinto um grande fraquinho. Tenet, como um bom filme do mestre, anda à volta do mundo da espionagem, viagens no tempo e evolução,  cruzando realidade e fantasia de uma forma que qualquer sinopse lhe fica aquém. Ainda não percebi bem do que falará o filme, mas honestamente não preciso muito mais para o pôr em todas as listas que houverem…

 

The King’s Man

Depois do sucesso de Kingsman e da sua sequela, chega-nos a história de como começou um dos grupos de segurança e espionagem internacional mais interessantes do mundo. Aqui, quando um grupo dos maiores vilões têm a intenção de começar uma guerra com um único objetivo de matar milhões de pessoas, alguém tem de os impedir. Não fosse argumento suficiente, o elenco conta com Gemma Arterton, Ralph Fiennes, Aaron Taylor-Johnson, Stanley Tucci e Matthew Vaughn regressa ao leme de realizador.

 

The Trial of the Chicago 7

Ainda sem trailer, The Trial of the Chicago 7 promete ser daqueles filmes baseados em factos verídicos que tem tudo para correr bem, ou que cai na repetição monótona de eventos como outros antes dele - mas com argumento e realização. De Aaron Sorkin, pode ser que tenhamos sorte. A história é a de sete jovens que em 1968 foram presos e acusados de apelar a motins e conspiração contra o Governo depois de se manifestarem contra a guerra do Vietname. Não conheço a história, mas o que me impressionou foi o elenco: Eddie Redmayne, Joseph Gordon-Levitt, Sacha Baron Cohen, Michael Keaton, Mark Rylance…

 

Eternals

Uma das grandes estreias Marvel de 2020 é este Eternals, que introduz a nova fase do MCU e nos traz novas personagens, novos atores e novas aventuras. É o desenvolvimento também dos Eternals, uma raça de seres imortais que moldaram a Terra com hoje conhecemos, protagonizado por Salma Hayek, Richard Madden, Angelina Jolie e muitos outra atores de arregalar o olhar.

 

Dune

Em 1984 estrou a primeira adaptação da saga escrita por Frank Herbert, num épico de fantasia que se tornou um épico clássico digno de ser visto e revisto - ou diz quem o viu, porque caiam todas as estacas em cima de mim, ainda não tive oportunidade de o fazer! Mas enquanto não corrijo esse erro de conhecer a história do filho nobre que tem como missão salvar a galáxia, chega-nos uma nova versão, moderna e carregada de nomes que estão atualmente a fazer correr tinta: Timothée Chalamet, Oscar Isaac, Rebecca Ferguson, Zendaya (!), Jason Mamoa, Josh Brolin, Stellan Skarsgard… e tantos mais! E a realização? Dennis Villeneuve, por isso venha ele!

Mini-guia sobre The Witcher, a série de fantasia que quer destronar GoT

07.01.20 | Maria Juana

Spoiler alert: não vai destronar nada, mas isso não é uma coisa má. Já lá vamos.

 

The Witcher é a mais recente série Netflix com laivos de fantasia e Idade Média. Baseada nos livros de Andrzej Sapkowski, foi das séries mais aguardadas para o final de 2019 e, agora que todos já fizeram binge watch, tem já segunda temporada confirmada para 2021.

Se ainda não sabem bem do que é que se trata, nada temam!  Aqui no Fui ao Cinema preparámos um guia tudo-em-um onde podem finalmente perceber o raio é que andam todos a falar quando mencionam bruxos mutantes e o que The Witcher tem (ou não) de especial.

 

Afinal, o que é o The Witcher?

Começou por ser uma série de livros escrita pelo autor polaco Andrzej Sapkowski que tinha Geral of Rivia, um dos últimos bruxos do Continente, como protagonista. A série foi publicada em 1993 pela primeira vez, baseada em contos e histórias do folclore eslavo sobre o destino. Ao longo dos anos foram publicados vários romances e contos, recolhendo uma legião de fãs um pouco por todo o mundo.

O grande boost veio em 1997 com o lançamento do videojogo inspirado nas personagens e universos de The Witcher e que tinha também Geralt como protagonista.

A série, no entanto, segue os acontecimentos narrados nos primeiros livros de Sapkowski. Apesar do arco mais conhecido estar nos videojogos, a produção da Netflix é adaptada diretamente dos romances - por isso, se são daqueles que gostam de ler a obra antes de ver a adaptação, preparem-se para uma maratona.

 

Quem é Geralt of Rivia?

Geralt, aqui interpretado por Henry Cavill, é um dos últimos bruxos do Continente e o protagonista da série. Os bruxos (ou witchers, na sua versão inglesa) são humanos que, quando jovens, são alvo de mutações e testes de sobrevivência para elevar as suas capacidades e ganhar a vida a capturar e matar monstros que perturbem as cidades e vilas do Continente. Sempre a troco de moeda, não são vistos com muito bons olhos - mesmo que Cavill transpire tudo mesmo repulsa… São o equivalente a mercenários de monstros.

É através da visão de Geralt que conhecemos o Continente, o local onde se passa a trama. É também através dele e da sua história de vida que somos apresentados a Yennefer (Anya Chalotra) e Ciri (Freya Allan).

A primeira é uma maga, que ao revelar capacidade mágicas é enviada para um género de escola de feitiçaria. Como outros magos, consegue controlar o Caos - uma espécie de Força, ou a energia que nos rodeia. O objetivo da sua formação é encontrar com fórmulas de o controlar que depois possam ajudar os Reis e cortes para os quais são destacados. Só que Yennefer é um pouco rebelde e afasta-se das normas.

Já Ciri é a herdeira de Cintra (também tem um castelo, faltam-lhe as queijadas) e alvo de um poder que ainda não conhece bem. É demasiado jovem e orfã, criada pela avó e Rainha Calanthe.

No fundo, toda a série gira em volta destas 3 personagens e em como, à força do  destino, se veem ligadas entre si.

 

O que é que isso significa?

Significa que, apesar de esta ser uma série de fantasia, com magia, monstros e humanos com capacidades sobrenaturais, é sobretudo uma história sobre o destino, aquilo que a vida nos reserva e a família.

Esta ideia do destino é muitas vezes encontrada em livros e histórias de fantasia do género; os protagonistas guiam-se por uma força que os “obriga” a salvar o mundo, são puxados pelo destino a agir desta ou daquela forma em prol do bem maior.

Aqui, se bem que não está propriamente a fugir do cliché, o destino ganha uma dimensão um pouco mais abrangente e “ditadora”. Todos estão à sua mercê e todos podem arcar com as consequências de o ignorar - normalmente, não muito lisonjeadoras. Em The Witcher, o destino ganha uma dimensão também familiar, mostrando como a família ou a sua falta podem ditar esse destino e os dias do seu protagonista.

 

Então é uma série super séria e filosófica?

Não, não se preocupem. A dimensão familiar e série existe, como existe o romance ou as aventuras. Faz parte da história, mas não a consome.

No fundo, é uma série de fantasia com tudo o que isso traz. Tem lutas, tem feiticeiros a lançar feitiços, tem guerras e até tem bardos que cantam os feitos dos seus heróis.

É puro entretenimento.

 

Mas vai mesmo destronar Guerra dos Tronos?

Onde é que a malta foi buscar essa ideia???

Juro que não sei.

Enfim, clickbait à parte (cof cof), são duas séries demasiado diferentes e em patamares completamente diferentes. Eu não conheço o material original da mesma forma que conheço GoT, mas arrisco-me a dizer que estão a anos-luz um do outro. Não no que toca a qualidade, mas sim naquilo que abordam.

The Witcher é uma história de fantasia muito diferente, que se apoia nos elementos mais comuns da magia e feitiçaria à realidade humana e emotiva. GoT tem raízes mais concretas e um estilo muito próprio concentrado no poder, na política e na aventura individual das suas personagens. Isso leva a que a narrativa criada seja muito diferente, aquilo em que a história se foca torna-se diferente, bem como o seu ambiente - que, no caso de The Witcher, é mais aberto, mais aliado ao Continente e não tanto apenas a Geralt.

E claro, a questão do orçamento tem também a sua relevância. Nota-se que a produção de The Witcher tem as suas limitações orçamentais, mas a própria estética é tão diferente que não seria assim tão dramático. São mais as escolhas de direção, argumento e iluminação que acabam por ditar as maiores diferenças.

Por isso, não se trata de uma ser maior ou melhor do que a outra. São diferentes, vivem por si só e cada uma tem o seu mérito - e ainda bem que assim é.

 

Vale a pena ou não?

Posso ser suspeita porque fantasia é a minha cena, mas vale a pena. Apesar de não conhecer o material original, é claro que o enredo de The Witcher foi pensado para primeiro introduzir as personagens e os seus ambientes e só depois dar uma continuidade à sua história - e isso demonstra atenção para com os espectadores, respeito pela história e uma visão para o futuro muito concreta.

Apesar de parecer confuso ao início porque a narrativa não é cronologicamente direta, o enredo está bem delineado de início, ajudando o argumento de cada episódio a ficar mais claro e concreto. Não é daquelas séries em que vamos ficar com o rabo colado no ecrã, mas tem um ritmo constante agradável e que facilita o binge.

Há que dar os devidos props às cenas de luta corpo e corpo e no campo de batalha: não só estão bem coreografadas (e Cavill não usou um único duplo, diz ele), como estão bem filmadas, nunca criado aquela sensação de que estamos perdidos entre espadas, braços e armaduras. Há uma atenção especial dedicada a estas cenas e ainda bem, porque costumam ser das mais confusas neste tipo de série.

Concluindo, é uma série para quem gosta de aventura e fantasia, para os fãs de Guerra dos Tronos, mas também de Hunger Games ou Coração de Cavaleiro (sim, aquele filme com o Heath Ledger). Tem um cunho fantasioso muito presente, mas não é nenhum Harry Potter, por isso agrada facilmente a quem não costuma identificar-se com o género.

São 8 episódios que vão passar num instante. Se estão curiosos, arrisquem!