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Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

Variações (2019) - A história do génio que sonhou e conquistou

23.08.19 | Maria Juana

Não começo este texto com uma sinopse porque, a esta altura do campeonato, já todos sabemos que Variações é um biopic daquele que foi um dos maiores músicos e artistas do nosso país. Não é um filme sobre a sua obra, nem sobre a sua carreira, mas antes sobre o homem e a sua paixão pela arte - seja ela em forma de música, moda ou beleza. É um filme sobre o que o apaixonou e por quem se apaixonou… 

Falar sobre António Ribeiro é difícil sem ter um pequeno peso no coração. Nasci já depois da sua morte e, ainda assim, há uma certa nostalgia nesta minha alma antiga por não ter conseguido testemunhar a sua genialidade. E haverá sempre um ‘E se?’, permanente, sobre tudo o que podia ter criado além dos dois álbuns e outros singles soltos que nos deixou. 

Crescemos com as suas músicas. A Canção do Engate e Estou Além ainda passam nas rádios, e filha que sou de alguém que não largava a Rádio Renascença ou M80, elas chegavam aos ouvidos com facilidade. Mesmo assim havia uma clara diferença na média de idades que estava a sala de cinema: os públicos mais jovens foram substituídos ou acompanhados pelos pais que, como a minha mãe (que estava comigo) viram António a brilhar, seja na rádio ou na televisão. Foi uma sessão de nostalgia sobre a vida de alguém que não chegámos bem a conhecer… 

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Variações passa-se entre 1977 e 1984, ano da morte de António. Ao longo desses anos, depois de um vislumbre da infância na Aldeia de Pilares, onde nasceu, passamos pela sua estadia na Holanda e os primeiros anos de regresso a Portugal, quando luta pela gravação do seu material. Um contrato com a Valentim de Carvalho é o primeiro passo, mas foram precisos vários anos para que António chegasse ao sucesso que sempre almejou. 

Nota-se que, acima de tudo, António Variações vivia apaixonado pela sua música e se há coisa que Variações capta com facilidade é a sua paixão. A câmara está focada em si, não o larga; a sua personagem, mais do que uma fachada, é um retrato daquilo que era António e que deixamos fugir quando o endeusamos como génio da música. Mas é neste claustrofóbico filmar que vemos a sua emoção, o sangue, suor e lágrimas que libertou pelo seu sonho de ser reconhecido pela sua música. 

Há um grande investimento de toda a equipa neste filme e isso nota-se em cada frame e frase dita por cada ator. Foram precisos 15 anos para que o argumento de João Maia (também realizador) conseguisse um subsídio do Instituto do Cinema e do Audiovisual. Durante esses 15 anos, foram várias as vezes que Sérgio Praia, o ator que interpreta António, quis desistir do projeto - mas não conseguiu, e chegou até a viver a pele de António na peça Variações, de António, de Vincente Alves do Ó. 

Ainda bem. A entrega de Praia é inegavelmente uma das fórmulas para que o filme resulte tão bem, sem querer colocar todo o peso do sucesso no trabalho de um só ator. Mesmo que acompanhado de um argumento muito equilibrado e simples na sua história, é difícil não considerar que sem o seu desempenho, o filme não teria o mesmo encanto - para todos os efeitos isto é um biopic sobre António Variações e sem Variações não há filme. Isto sem falar que, além do corpo, empresta também a voz e é ele a cantar em todos os momentos do filme. 

Foi uma escolha do realizador, explica em entrevista ao Observador. Pode parecer um pouco estranho ao início, mas com o passar do filme faz sentido que assim seja; a nossa imagem de António está muito presa à sua voz, à sua performance, e uma voz diferente ajuda-nos a distanciar o filme do verdadeiro António. 

São duas horas de um filme que não tem pretensões a ser mais do que aquilo que é. Variações quer mostrar o homem e é o homem que ficamos a conhecer. Bem como as pessoas que foram importantes na sua vida, como a sua mãe (Teresa Madruga), Fernando Ataíde (Felipe Duarte) ou Luis Vitta (Augusto Madeira), o jornalista da Rádio Renascença que acreditou no seu talento e o ajuda a dar os primeiros passos. Passeamos com António pela Lisboa do início dos anos 80, vemos quem o acompanhou, quem o negou, onde atuou, onde viveu. 

E vemos quando começa a definhar, sem nunca perder em vista o seu sonho. 

Vitória Guerra e Felipe Duarte são Rosa Maria e Fernando Ataíde, casados, fundadores do Trumps e amigos de António. Fernando foi ainda seu amante e, pelo menos aqui, nota-se que a sua verdadeira paixão.

No intervalo, a minha contou-me como se lembra de ver o irmão mais velho de António aqui perto de onde moramos. Chegou a conhecer a sua mãe, já vários anos depois daquele Santo António de 1984, orgulhosa do filho que cresceu cantor. 

A memória de António Variações ainda está muito presente nas vidas que o viram a brilhar. Está viva também nos que, como eu, apenas de lembram de o ouvir na rádio e foram aprendendo com o tempo como foi tão importante para o panorama português. 

Variações traz o mito à Terra e mostra-nos quem era o homem. Obrigada. 

****,5

ZOOM-IN: Era uma vez uma Hollywood imaginada por Quentin Tarantino

08.08.19 | Maria Juana

“Sente-se um conforto imediato quando começamos um diálogo do Quentin Tarantino. É por isso que os atores querem trabalhar com ele - devias ver a fila de gente que queria entrar neste filme.” As palavras são de Brad Pitt, ditas numa entrevista à Esquire.  O tema? O novo filme de Quentin Tarantino, Once Upon a Time… in Hollywood. A pergunta? Primeiro, porque é que o ator aceitou entrar no filme e rapidamente evoluiu para um elogio ao cineasta.

É uma constante no que toca a Tarantino. Como os seus filmes, as conversas começam por tentar perceber o que raio têm de especial os seus argumentos, para terminar no lugar oposto - o que raio há para não gostar. Ainda hoje recebemos cada um com um misto de expectativa e medo porque nunca sabemos o que vai sair dali. Por um lado pode ser a melhor coisa que já vimos, por outro podemos sair da sala de cinema de boca aberta sem perceber bem o que acabou de acontecer.

Mas sermos surpreendidos faz parte do encanto, não é? Tarantino tem uma forma muito sua e específica de dirigir as suas histórias e criar as suas personagens, do qual faz parte esta surpresa em percebermos como é que tudo se liga. De um fio condutor muito expansível (um tema genérico, um período da história, um mero acontecimento), ele cria ramificações para todos os lados que de alguma forma começam a fazer sentido. Para ele, e para nós.

 

Once Upon a Time… in Hollywood não parece exceção. Por um lado, temos os anos dourados de Hollywood a terminar, em pleno ano de 1969, um ano em que as estrelas do passado estão em decadência e o público procura novas temáticas e personagens. Por outro, temos um dos grupos criminosos mais conhecidos e falados desde a altura: o bando de Charles Manson.

No centro parecem estar Rick (Leonardo DiCaprio) e Cliff (Brad Pitt). Rick é uma antiga estrela de televisão dos anos 50 que parece apenas conseguir papéis secundários de mauzão. A sua carreira, antes gloriosa, está em decadência e o seu agente (Al Pacino) está sempre a tentar convencê-lo a participar em spaguetti westerns… em Itália. A acompanhá-lo está o seu amigo e duplo de longa data que nunca teve um lugar ao sol; manteve-se na sombra da estrela, numa Hollywood que nunca lhe ofereceu mais do que isso.

Mas Rick chega a uma conclusão simples: o seu futuro pode estar a uma festa de distância em casa dos seus vizinhos, Roman Polanski e Sharon Tate (Margot Robbie).

Robbie torna-se a terceira perna deste enredo, e não apenas como vítima de Charles Mason. Os três fazem parte de uma Hollywood em mudança, que vai da estrela em decadência, à estrela em ascensão e ao duplo apaixonado pelo cinema que nunca vai ter sucesso.

São quase personagens-tipo que fazem parte de qualquer fase da história da Meca do Cinema. Sempre que o público pede mais, aqueles que não se sabem reinventar ficam de fora e os que nunca conseguem o seu lugar ao Sol, na Lua ficarão.

Mas isto não seria um filme de Tarantino se a ligação entre os 3 fosse meramente temática e idealista. Lá no fundo, no fundo, de alguma forma Manson vai mudar também o curso da história, a forma como Rick e Cliff olham para as suas vidas (é fácil perceber como é que a de Tate mudou… certo?). Agora como?

Isso é o que temos para descobrir.

Sharon Tate (Margot Robbie) não chegou a ser a estrela que prometia ser. Em 1969 foi assassinada por Charles Manson e o seu grupo, na sua própria casa.

Na mesma entrevista, Tarantino afirma que este é capaz de ser o seu filme mais parecido com Pulp Fiction, e também o mais autobiográfico. Esta é uma história de amor a Los Angeles, à cidade que o viu crescer e que o fez apaixonar-se por Cinema. Independentemente do significado que podemos retirar ao enredo e às personagens, este é um retrato de um a época em que Tarantino viveu, em que assistiu às estrelas a sair e entrar em cena e a um público que começou a querer mais e mais.

Em alguma fase das suas carreiras, os próprios atores que protagonizam Once Upon a Time já questionaram o que procuravam na indústria, já questionaram o que queriam fazer e aquilo que lhes era oferecido. O próprio Tarantino esteve vários anos a trabalhar na história, que passou de um livro para o argumento de um filme.

Porquê? Porque pedia para ser filmada.

O cinema de Tarantino é feito, sobretudo, por um amor à arte que está a criar; à arte de escrever, de criar personagens, de encontrar cenários e gravar tudo para conseguirmos encontrar a sua visão. O Cinema move as suas histórias, mesmo quando estamos a falar sobre Hitler ou escravidão - aliás, sabiam que, em Django Libertado, Django e Hildi são o começo da linhagem de John Shaft? Bem, pelo menos na cabeça de Quentin, são (para os distraídos, John Shaft é uma personagem criada nos anos 1970 que conta com vários filmes de detetives e 3 gerações. A mais célebre foi protagonizado por Samuel L. Jackson em 2000; a mais recente foi publicada no Netflix em julho).

Once Upon a Time… in Hollywood é uma história de amor entre Tarantino e a sua cidade, mas também entre nós e o Cinema. Entre os atores que lhe dão vida, aos profissionais atrás das câmaras que dão vida aos argumentos. Rick e Cliff são os profissionais que entram em decadência, Sharon Tate é a estrela que nunca chegou a sê-lo. Só que aqui o objetivo não é serem nada disso - são pessoas apaixonadas pelo que fazem.

Não existem dúvidas de que Tarantino é apaixonado pelo que faz, e quem trabalha com ele é apanhado nesta paixão. E nós, enquanto público, somos apanhados lá pelo meio e ficamos vidrados.

Era uma vez um filme de Tarantino. O que raio é que vem para ai?

 

Once Upon a Time… in Hollywood estreia em Portugal a 15 de agosto.

Uma ode às comédias românticas

01.08.19 | Maria Juana

Lembro-me distintamente da primeira vez que vi You’ve Got Mail. Estávamos já numa época em que podia ser perigoso falar com estranhos em salas de chat online; os pais preocupavam-se com os filhos que facilmente podiam partilhar dados pessoais com pessoas que não tinham as melhores intenções. Os meus não era exceção e hoje sei dos planos e maquinarias que usaram na altura, nas minhas costas, para se certificarem que eu tinha juizo. 

Lembro-me de ser cautelosa e de nunca ir longe de mais, mas também me recordo que, secretamente, gostava de ser uma Meg Ryan que desabafava online com o seu futuro amor sem saber. 

You’ve Got Mail não há-de ter sido a primeira comédia romântica a que assisti, mas foi aquela que ficou comigo mais tempo e que possivelmente me fez tanto querer visitar Nova Iorque - e isso é dizer muito para uma comédia romântica. A história da proprietária de uma pequena livraria que se apaixona pelo seu arqui-inimigo e maior concorrente depois de se conhecerem num chat online é tudo o que se aprende nas escolas das comédias românticas. Só que tem o encanto dos anos 90, em que tudo se fazia com outro estilo. Tem aquela dicotomia entre o passado e o futuro, dos livros e da tecnologia, na época em que nos estávamos ainda a aprender a lidar com estas mudanças. E claro, tem Meg Ryan e Tom Hanks.

As comédias românticas são um género sub-valorizado. Claro que há algum lixo ou conteúdo menos bem conseguido, como existem em todos os géneros, e claro que existem alguns espécimens exemplares que, no que toca ao cinema, não ficam atrás dos dramas mais pesados ou dos thrillers mais complexos que costumam ganhar Óscares. A simplicidade, ao contrário do que se pensa, não é fácil se conseguir; é fácil cair em lugares-comuns, em fórmulas rápidas e pouco cuidadas para chegar à conclusão. E por muito que a conclusão seja sempre a mesma (eles vão, quase sempre, ficar juntos no final, por muitos obstáculos que surjam lá pelo meio), o que nos surpreende é como é que chegamos lá. 

Ou então estamos a falar de 500 Days of Summer, em que tudo é surpreendente: o argumento, a direção da ação, o estilo e realização, as personagens e as suas interpretações… A conclusão é um pequeno easter egg no meio de tudo isso. 

Todas as comédias românticas podem ter o mesmo potencial de elogio e crítica elevada que qualquer outro filme. São só pouco valorizadas e ainda um bocado conservadoras. 

500 Days of Summer já é um clássico. A improvável história de amor entre Tom e Summer trouxe a realidade de volta às comédias românticas, sem nos fazer deixar de acreditar no amor. 

Se procurarmos no dicionário, uma comédia romântica é uma peça ou filme com toque humorístico que retrata o percurso de uma relação amorosa, parafraseando. Não é uma invenção do cinema ou da televisão, com alguns registos de comédias greco-romanas ou até de Shakespeare consideradas comédias românticas por quem entende destas coisas. 

Os enredos podem variar, mas são todos baseados na mesma ideia de que o verdadeiro amor existe, mesmo que para isso os protagonistas tenham de se separar ou encontrar outras pessoas para amar que não aquelas que julgamos inicialmente. O seu objetivo é fazer-nos passar um bom bocado, entreter, enquanto nos contam uma história de relações amorosas e humanas e nos fazem acreditar que isto de estarmos apaixonados é a melhor coisa do mundo, e as alma-gémeas estão aí para as encontrarmos. 

Não é complicado perceber como é que são tão procuradas pelo público, pois não? Enquanto crescemos, somos bombardeados com esta ideia de que temos de ter namorados e namoradas, que isso é quase obrigatório na sociedade se queremos ser felizes e realizados. Só mais tarde percebemos que, mais do que uma desculpa para a reprodução, isto de termos um par é acima de tudo um sentimento que podemos ou não encontrar. Mas se toda a vida nos disseram que temos de ter um par, não queremos que seja um amor verdadeiro e para a vida toda?

Como grande parte dos dogmas que a sociedade nos ensina, as comédias românticas vão beber ao maior deles todos: o amor. Somos levados a beber desta vontade de encontrar a alma gémea que os livros, filmes e peças de teatro nos oferecem. 

Contra mim falo, que adoro comédias românticas e acredito no amor verdadeiro e para a vida. Sou daquelas românticas incuráveis, que apesar de perceber a diferença entre o prazer carnal e o amor que sentimos por alguém, conseguem compreender como é que duas pessoas sentem algo tão profundo que as faz querer ficar juntas. Filmes como You’ve Got Mail, 500 Days of Summer ou Férias em Roma, ou 10 Coisas que Odeio em Ti, em nada vieram atenuar esta minha visão - muito pelo contrário. 

Por isso percebo perfeitamente o apelo que uma comédia romântica oferece. Nela vemos transparecer este desejo de encontrarmos o que parece ser possível apenas nas histórias e na nossa imaginação, mas todos queremos ser a Sally quando o Harry a conhece…

When Harry Met Sally estreou há 30 anos, em 1989. Foi o primeiro filme escrito por Nora Ephron protagonizado por Meg Ryan. Seguiram-se Sleepless in Seattle (1993) e You've Got Mail (1998).

O melhor deste género é que tem evoluído bastante ao longo dos anos. Até então, ainda estávamos perante um género conservador em que o final só era feliz se o casal ficasse junto para sempre e ela caía nos braços dele porque não havia outra solução. OK, era esse o objetivo, mas o amor não acontece em todas as formas? Qualquer relação com o filme com esse nome foi totalmente propositada. 

O amor acontece mesmo em todas as formas e o verdadeiro amor nem sempre é entre duas pessoas que se encontram, depois odeiam, depois não conseguem ficar juntas e depois misteriosamente se encontram novamente e vivem felizes para sempre. Às vezes demora um pouco mais a conhecer a alma gémea ou os obstáculos simplesmente não são ultrapassáveis, o que não significa que o objetivo não tenha sido cumprido. 

Em Férias em Roma, as personagens de Audrey Hepburn e Gregory Peck são obrigadas a ficar separadas, sabendo que encontram um no outro o que procuravam no amor - uma exceção no panorama, já que é um filme de 1953. Em Guia Para um Final Feliz, apesar dos protagonistas ficarem juntos, lidam com problemas mentais e emocionais ao longo de todo o filme. Em Terminal de Aeroporto, o personagem de Tom Hanks regressa a casa sozinho. Em Amor de Improviso, a relação é criada entre o protagonista e os pais da sua paixão, e não com a própria. Em nenhum destes casos é alguma vez pensado que o amor não existe só porque o final não é aquele que esperamos. 

A evolução género vem também muito do que hoje sabemos que é o amor. É livre, chega de qualquer lado de não precisa ser obrigatoriamente entre um homem e uma mulher - pode acontecer entre pais e filhos, amizades francas, irmãos e irmãs, desconhecidos que cruzam caminho e, de alguma forma, mudam as suas vidas mesmo que não fiquem nelas. Hoje sabemos, porque fomos aprendendo com muitos filmes, muitas experiências e muitos livros, que as melhores comédias românticas nem sempre precisam estar cheias de clichés e estereótipos de mulheres que não sabem viver sem homens ou almas gémeas. As melhores são aquelas que continuam com o seu tom humorístico a mostrar-nos o lado bom e mau de estar apaixonado, os corações partidos e as relações que acabam quando o amor ainda existe. As melhores são as que vão encontrar a realidade, mas que também deixam lugar à fantasia, à imaginação e deixam uma romântica como eu continuar a sonhar com amores e reencontros impossíveis. 

As melhores mostram como fortes personagens femininas e masculinas encontram também um par romântico nos lugares mais improváveis.

Para Meg Ryan e Tom Hanks em You’ve Got Mail foi numa sala de chat em 1998, num mundo em que as salas de chat estavam ainda a ser descobertas. Numa Nova Iorque cheia de magia e milhões de pessoas, encontraram-se. Ela não precisava dele para ser feliz nem para ser realizada. Só que aconteceu. E quando o amor acontece, quem somos nós para o negar?