Diz o meu mais-que-tudo que o Dia dos Namorados é todos os dias. Eu sei que ele o diz como desculpa para não ter de me comprar uma prenda, ou pagar o jantar num restaurante todo bonito como vemos nos filmes, mas a verdade é mesmo essa: todos os dias devem ser dias de celebrar o Amor. Assim, com letra maiúscula e em todas as suas formas: o amor pela família ou pelos amigos, o amor pelo cônjuge ou filhos. Qualquer um deles merece ser celebrado e lembrado, como as pessoas que nos rodeiam merecem saber aquilo que sentimos.
Sou uma romântica incurável. Gosto de histórias de amor cheias de impossíveis, dramas e finais felizes no final; do rapaz que conhece a rapariga, e que percebe no momento que faz tudo para que ela seja feliz; de laivos de Nicholas Sparks, apenas ao de leve, sarampitados de lamechice qb, quiçá o suficiente para deixar cair uma lágrima.
Mas também gosto dos filmes em que o Amor é algo mais do que carnal ou sentimental. É luta, carinho e o querer chegar mais longe; é um passo a passo, uma vitória diária daqueles que se amam e que são desafiados pela rotina a abandonar tudo e partir.
Independentemente de qual é o nosso filme preferido, a verdade é que o Amor é o que nos move. O amor à vida, à família, à carreira... É a paixão que nos leva em frente, e nos faz enfrentar qualquer obstáculo sem medos. E é esse Amor que deve ser celebrado a cada dia.
E porque o Cinema tem sempre a resposta para tudo, não há nada como juntar aqueles que se ama num sofá dos grandes e celebrar com um destes filmes, seja em que dia for - afinal, todos os dias são Dia de São Valentim.
Antes da Meia de Noite
Impossível não começar este texto com uma das histórias de amor mais bonitas que o Cinema nos proporcionou. Podia ter começado por Antes do Amanhecer, o momento em que Celine e Jesse cruzam o olhar pela primeira vez, e percebem que querem passar uma noite, e apenas uma noite, a celebrar a atração que os une. Mas não: escolhi o último da trilogia, aquele em que constituíram família, e que deixaram os problemas rotineiros, qual vírus, corroer aos poucos a paixão que os juntou pela primeira vez.
Mas escolhi também aquele que os faz parar e descobrir o que os levou a passar horas e horas a passear pelas ruas de Paris, sem se conhecerem ainda. Escolhi aquele em que duas pessoas casadas são obrigadas a olhar para dentro de si e descobrir se a pessoa com quem estão ainda faz sentido nas suas vidas. O Amor também é luta, mas temos de saber quando vale a pena lutar por ele.
10 Coisas que odeio em ti
Não podia escrever um texto sobre filmes de amor sem escolher o inocente, o primeiro, e aquele que nos faz questionar se isto das borboletas no estômago é mesmo verdade. Vá, um filme de amor para adolescentes, mas também para aqueles que querem recordar um dos filmes de culto do final da década de 90.
10 Coisas que odeio em ti é tudo isso, não fosse ser sobre um rapaz apaixonado que tem de encontrar um namorado para a irmã da rapariga de quem gosta, porque é a única forma dessa mesma rapariga poder sair de casa. Confuso? Talvez, mas o filme é extremamente simples e tem uma premissa tão bonita quanto esta: quando menos esperamos, e por quem menos esperamos, as borboletas voam por aí...
P.S. I Love You
Sendo eu uma romântica incurável, não podia deixar de pôr aqui este filme. Além dos curtos (mas bons) momentos em que surge Gerard Butler, e a sua voz que narra todo o filme, é a película que me deixa vidrada no ecrã, e com a qual, inevitavelmente, vou deixar cair a lágrima. Todas as listas precisam de um assim, e esta não é exceção.
Pode parecer mórbido, mas P.S. I Love You é mesmo sobre um amor que ultrapassa a morte, e que nos mostra como podemos amar tanto alguém que, quando partem, levam consigo uma parte de nós. Mais do que isso, é um filme que nos mostra que, por vezes, temos de aprender a estar sozinhos e a amar-nos; porque, pegando no slogan de uma conhecida marca, se não estivermos preparados para gostar de nós, nunca vamos conseguir que os outros nos amem plenamente.
Orgulho e Preconceito
Depois do contemporâneo, do adolescente e do lamechas, passamos para o clássico. Baseado num romance de Jane Austen, publicado pela primeira vez em 1813, Orgulho e Preconceito é um pouco o que todos procuramos no amor romântico: alguém que esteja disposto a lutar contra os seus próprios valores e ideias pré-concebidas, porque as viu abaladas por alguém que começou a amar.
Orgulho e Preconceito é a história que nos mostra que não escolhemos por quem nos apaixonamos. E mesmo que seja por alguém que vai contra tudo aquilo em que acreditamos, há momentos em que temos de questionar se os nossos preconceitos, ou o nosso orgulho, merecem ser mais defendidos do que a paixão.
Up - Altamente
O quê, um filme de animação? Amigos, quem não verte uma lágrima ao ver aquele segmento inicial de Up – Altamente, não é humano! Sendo supostamente um filme para crianças, é incrível como tem uma mensagem tão forte: o Amor vai mesmo além da morte. Mas mais do que isso, é o Amor que nos move, é o Amor que nos faz andar para a frente e descobrir novos mundos. Mas a família também é importante, os laços familiares e saber com quem podemos contar. De uma forma tão simples e bonita, encontramos uma mensagem poderosa e cheia de amizade. Porque a amizade é das formas mais bonitas de amar.
Cinco filmes é um número tão redutor... Que ficam aqui mais dois como extra:
Wall.E: outro de animação, mas que me arrebata o coração. A relação de amizade entre dois robôs, mas também o seu amor pela Terra e pelo seu bem-estar. Acima de tudo, belo.
O Diário da Nossa Paixão: eu tinha de pôr um filme de Nicholas Sparks! Mas deem um desconto: Ryan Gosling e Rachel McAdams enchem as medidas de um casal que ultrapassa as adversidades, e consegue viver uma vida feliz em conjunto, no amor e na tristeza, na saúde e na doença. NO REGRETS!