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Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

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As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

Óscares da Academia – 87 anos de glória e elegância

20.05.16 | Maria Juana

Reza a história que, a 16 de maio de 1929, mais de 200 pessoas se reuniram para assistir à primeira entrega dos prémios da Academia de Cinema dos Estados Unidos. Os vencedores já eram conhecidos (tinham sido anunciados meses antes na comunicação social), só faltava entregar a estatueta que havia de fazer história. E foi num jantar que durou 15 minutos, que começou um ritual de apreciação ao Cinema que ficou até aos dias de hoje.

 

São os mais conhecidos prémios de Cinema em todo o mundo, e despertam paixões, apostas, discórdia e… muito dinheiro. Seja para os fãs de Cinema que querem ver os seus preferidos reconhecidos, para os admiradores de moda que gostam de ver a passadeira vermelha, ou para os entusiastas que absorvem tudo isto, é uma noite esperada com antecipação ao longo de todo o ano.

 

Não o era assim em 1929, quando começou. Os vencedores eram premiados pela sua prestação em várias áreas ao longo do ano anterior, não apenas por uma performance num só filme. Aliás, só na década de 40 é que os vencedores começaram a ser anunciados na noite da cerimónia.

 

Emil Jannings, a primeira pessoa a receber um Óscar, considerado o melhor ator de 1928. 

 

As categorias eram poucas, mas foram crescendo ao longo dos anos. Hoje, são entregues 24 estatuetas douradas, que representam o valor do trabalho de vários tipos de pessoas da indústria, com projetos mais ou menos distintos. Ganhar numa destas 24 categorias dá prestígio e adoração… O que, como todos sabemos, vale o que vale.

 

Dizem os mais puristas que os Óscares são talvez uma farsa, que não celebram o Cinema mas sim o glamour a ele associado. Talvez… Pessoalmente, gosto de acreditar que qualquer cerimónia que esteja disposta a premiar bons filmes é digna de ser reconhecida e, nisso, a Academia tem tendência a acertar.

 

Nem sempre estamos de acordo, e é claro que existem interesses que, por vezes, vão além do mero Cinema (não nos podemos esquecer que a Academia é composta por pessoas com opiniões e valores pessoais, e naturalmente que isso vai influenciar a sua votação). Mesmo assim, não devemos desprezar qualquer momento que leve milhões de pessoas a consumir Cinema, e a perceber que existem muitos mais filmes do que aqueles que encontramos nas salas ou nos serviços de pirataria.

 

Foi apenas em 1953 que a cerimónia dos Óscares passou a ser reproduzida na TV. Até aí, já tinham sido agraciados com a estatueta nomes como Clark Gabble, Ingrid Bergman, Judy Holliday, Vivien Leigh, Humphrey Boggart, Audrey Hepburn, e tantos outros que ficaram para a História.

 

Ingrid Bergman venceu o Óscar em 1945 pela prestação em Meia Luz, depois de ter sido nomeada pela primeira vez no ano anterior por Por Quem os Sinos Dobram. 

 

 

Em 2016, a contagem vai quase em três mil prémios concedidos pela Academia, e tantos outros ficaram por dar. Eu gosto de pensar que os Óscares são um ótimo momento para discutir, falar e transpirar Cinema. É injusto para as restantes cerimónias igualmente merecedoras? Talvez. A verdade é que nem os BAFTA em Inglaterra, os César em Espanha, ou até os Sophia no nosso Portugal despertam tantas emoções (e os Sophia este ano até premiaram uma das obras de comédia e sátira de 2015, Capitão Falcão, algo não muito comum nos restantes países).

 

Mesmo assim, nada como uma noite em que as senhoras andam de vestidos de princesa e os senhores de smoking, com pipocas no colo e muita dose de cafeína para aguentar a madrugada, para que o Cinema seja rei.

 

Só temos de tentar dar-lhe atenção também nos restantes dias do ano…

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