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Fui ao Cinema... E não comi pipocas!

As aventuras e desventuras de uma miúda que se alimenta de histórias cinematográficas.

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Guardiões da Galáxia Vol.2 (2017): ainda vale a pena

02.05.17 | Maria Juana

Sinopse: Os Gaurdiões da Galáxia deixaram de ser os vilões que conhecíamos: agora, são respeitados heróis que ajudam outros membros da galáxia... a troco de algum reconhecimento. Nesta nova aventura, novos personagens chegam, incluindo alguém que pode desvendar a verdadeira identidade do pai de Peter Quill (Chris Pratt).

 

 

Se bem se lembram, a primeira parte de Guardiões da Galáxia foi uma das mais brilhantes e valiosas pérolas do cinema de super-heróis dos últimos anos. Não havia nada de que não gostar, incluindo uma banda sonora do camandro. O meu problema com os filmes Marvel é que, salvo raras exceções, as sequelas raramente resultam; facilmente perdem o encanto que o primeiro filme teve.

 

Não foi sem receio que me sentei na cadeira da sala 4DX do Almada Fórum. Além de ter pago um bilhete chorudo, tinha um medo enorme de achar que não tinha valido a pena. Mas valeu, senhores, mas valeu.

 

Não só pela experiência em si. O bilhete chorudo deu-me acesso a uma sessão em que a minha cadeira mexia ao ritmo dos movimentos que víamos no ecrã, com um 3D em equilibrado e nada confuso. Já para não falar dos efeitos de vento e cheiro que foram surgindo, conforme a ção no ecrã. Não me faz gostar mais ou menos do filme, mas não há dúvida de que me ajuda a experiencia-lo de maneira diferente.

 

Porque para gostar do filme, bastava o trabalho do realizador e argumentista James Gunn, e da trupe de produção e atores que conseguiu juntar.

 

 

O Vol.2 desta mixtape tem tudo aquilo que nos fez apaixonar pela primeira: tem personagens fiéis a si mesmas, um humor muito próprio, ações q.b. e um equilíbrio fantástico entre o que é sério, humorístico e pipoca – o que é raro em filmes do género.

 

Neste novo filme, continuamos a seguir as aventuras do mesmo grupo, mas eles estão diferentes. Na sua maioria, já souberam ultrapassar as suas diferenças, e estabeleceram uma certa relação que vai ligeiramente além do trabalho. O bom de Guardiões é que conseguimos ver um pouco de todos os seus lados, sem cairmos na sensação de lamechisse, romance e comédia barata.

 

Gunn sabe bem o que faz, e conhece as suas personagens, por isso não falha. Nada disso muda no Vol.2 – até arrisco-me a dizer que está mais enaltecido. Nota-se que este filme está muito virado para o conceito de família, e para quem consideramos família.

Não só pela introdução do pai de Quill (um maravilhoso Kurt Russell no papel de Ego), mas pela própria relação que os protagonistas estabelecem entre si. E lá está, por muito que isso esteja fincado, não chega a roçar a lamechisse que estaríamos à espera.

Kurt Russell é Ego. O ator não é o único a fazer uma (ótima) prestação especial. Fiquem atentos!

 

É claro que a presença de Ego é um fator importante para o desenrolar da história. Conhecer os sus propósitos leva-nos numa viagem emocional, mas também visual - se já nos tínhamos impressionado com a cinematografia e efeitos especiais do primeiro, este está claramente no mesmo nível, e vemos isso no planeta (cof cof) de Ego.

 

Peca apenas por ser um filme que, depois de um antecessor que soube ter tudo no lugar, não consegue manter o mesmo ritmo. Nota-se que damos muitos saltos entre as cenas, numa tentativa de manter o suspence, e a supresa. Porém, falha em consegui-lo, porque enquanto ficamos na expectativa, também viajamos para uma cena ou história que nada tem a ver com aquilo que estavamos a assistir. Não é totalmente mau, apenas faz-nos perder um pouco o ritmo, como se tivessem cortado e colado cenas à toa.

 

Fora isso, não acho que possamos dizer que Vol.2 não está ao nível do primeiro. Muitos críticos dizem que sim, mas acho que isso se deve, principalmente, ao facto de que já não é novidade. O primeiro Guardiões da Galáxia foi tão bom exatamente porque nunca o tínhamos visto. A forma como estava filmado, as personagens, as tiradas humorísticas do elenco... Tudo nos fazia querer saber mais, ver mais, e ter mais.

 

 Mantis (Pom Klementieff) vai juntar-se aos Guardiões.

 

Vol.2 tem tudo isso à mesma, mas não tem a mesma frescura. A culpa não é de ninguém; nós é que talvez queríamos voltar a ter essa novidade, surpresa e uau que o primeiro nos deu.

 

Podemos não ter, mas temos tudo o resto. A fórmula é a mesma, mas há sumo, há substância, há vontade de mostrar mais – há novidade, com outra roupagem. Nem que seja pelo próprio tom da história, já que as personagens deixaram de ser um grupo de seres que se viu obrigado a juntar-se, para agora querer mesmo estar junto.

 

Podem achar um pequeno pormenor... mas faz toda a diferença.  

 

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